CONVERSA POLÍTICA
Queiroga se nega a dizer se compartilha ou não da opinião do presidente sobre o uso da cloroquina
Publicado em 06/05/2021 às 11:57 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:12
Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga se negou a responder se compartilha ou não da opinião do presidente Jair Bolsonaro em relação ao tratamento precoce com uso da cloroquina. O medicamento não tem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19. Ele se esquivou de firmar posição mesmo após ter sido encurralado pelo relator, o senador Renan Calheiros (MDB), durante a sessão da CPI da Pandemia, no Senado, para responder se na manhã desta quinta-feira (6).
'Vossa Excelência compartilha da opinião do presidente sobre o tratamento precoce, especialmente sobre o uso da cloroquina para pacientes com Covid?', perguntou insistentemente Renan.
Queiroga insistiu que é um posicionamento que precisa de uma análise técnica. O paraibano disse, no entanto, que o presidente não estaria pressionando o Ministério da Saúde para a inclusão do medicamento no protocolo geral de tratamento Covid-19 que ainda está sendo elaborado pelo governo.
O ministro disse que não podia fazer "juízo de valor" sobre a opinião de ninguém.
A negativa de Marcelo Queiroga foi alvo de intensos debate entre os senadores presentes. Os governistas tentaram blindar o ministro, mas até o presidente da CPI, o senador Omar Aziz, insistiu para que o paraibano respondesse apenas "sim ou não". "A minha filha pequena entenderia que a pergunta é de resposta simples", debochou.
A insistência, conforme poutou Renan Calheiros, é que, na condições de testemunha ele é obrigado por lei a falar a verdade.
A sessão segue no Senado. acompanhe:
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