CONVERSA POLÍTICA
Marcelo Queiroga entra na lista de investigados na CPI da Covid no Senado
Publicado em 18/06/2021 às 11:41 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:08
Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deixou a condição de testemunha e passou a ser investigado pela CPI da Covid-19 no Senado. O nome do paraibano foi um dos 14 anunciados em uma coletiva à imprensa, hoje (18), pelos membros da Comissão no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Além de Queiroga, também serão investigados os ex-ministros Eduardo Pazuello, da Saúde, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores; Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação; Mayra Pinheiro, secretária do MS. Completam a lista de investigados: Arthur Weintraub, Elcio Franco, Francieli Francinato, Nise Yamaguchi, Paulo Zanoto, Carlos Wizard, Hélio Angotti Neto, Marcellus Câmpelo e Luciano Azevedo.
A medida, na prática, indica que o relator vê indícios de crimes por parte desses investigados. A lista já foi encaminhada ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).
Renan Calheiros, que é o relator da CPI, disse que já havia provas suficientes para colocá-los como investigados, mas o tratamento como testemunha foi necessário para assegurar a participação deles nas sessões da CPI.
"Colocamos o ministro Queiroga, que ele teve uma participação pífia na Comissão no seu primeiro depoimento, quando tentou dizer que teria a autonomia que faltou a Teich e Mandetta", comentou, pontuou que o presidente o teria obrigado a editar um ato contra o uso de máscaras e que realizou contrato 20% mais caro para a compra de vacinas, sem mencionar qual seria.
Outras providências
O senador Randolfe Rodrigues disse que vai convocar os representantes das redes sociais como Youtube e Facebook para cobrar providências a respeito de declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro em suas 'lives' contrária à vacinação como forma de proteger a população contra a Covid-19 sem lastro na ciência. “Por muito menos, Twitter e Facebook baniram Donald Trump", disse.
Randolfe Rodrigues informou, também, que a CPI retirou a classificação sigilosa dada a documentos recebidos. Segundo ele, imprensa e sociedade terão acesso às informações.
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