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VIDA URBANA

Cooperativa faz sucesso com alimentação saudável na UFPB

Espaço Solidário Ecolanches funciona em um quiosque e é composto por moradoras da comunidade São Rafael.

Publicado em 31/07/2016 às 7:00 | Atualizado em 30/01/2018 às 16:52

Todos os dias nove mulheres da comunidade São Rafael, localizada no bairro do Castelo Branco, em João Pessoa, decidem transpor os obstáculos de suas realidades para apostar em uma ação que vem rendendo bons resultados. Elas fazem parte de um empreendimento criado por meio de um projeto de extensão da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) cujo objetivo é incentivar práticas de alimentação saudável entre alunos e funcionários da instituição – o Espaço Solidário Ecolanches.

Acompanhadas de perto pela equipe do projeto, a Incubadora de Empreendimentos Solidários (INCUBES), estas mulheres, muitas vezes com histórias de privações, aprendem sobre nutrição, economia, atendimento ao público, direito, entre outros assuntos. Com isso, elas ganham conhecimento e segurança para produzirem e comercializarem itens alimentícios como foco na saúde do consumidor.

São sanduíches naturais, tortas de legumes, tortas de banana, empadas integrais, tapiocas e sucos que, vendidos no ambiente universitário, dão a elas a oportunidade de tomar ainda mais as rédeas das próprias vidas.

“A nossa intenção é mudar a visão das pessoas sobre a comunidade e sobre quem mora nela, porque quando se fala da São Rafael só se pensa em bandido, marginal e na verdade não é só isso. Tem muitos outros projetos que acontecem lá e fazem muito sucesso”, conta a pedagoga Wanessa Costa Santos, uma das técnicas da INCUBES que orientam as mulheres do espaço.

Wanessa é a prova viva de que ações do tipo podem transformar vidas. Isso porque há alguns anos ela foi uma das jovens da comunidade beneficiadas com o apoio das integrantes da INCUBES. Na época, o empreendimento idealizado foi uma padaria comunitária que, com os constantes esforços dos moradores da São Rafael, trouxe novas perspectivas às adolescentes da região. “Hoje quero fortalecer outros grupos, como o meu foi fortalecido”, admite a pedagoga.

Rede de apoio

Uma das mulheres que vem sendo apoiadas desta vez é Silvana Rodrigues da Silva, de 38 anos. Mãe de quatro filhos, ela trabalhava como diarista e não enxergava outras opções de recolocação no mercado. Após um ano fazendo parte do negócio, que funciona em um quiosque concedido pela própria UFPB em frente à Central de Aulas (CA), ela já se percebe com outros olhos. “Agora me vejo como uma pessoa melhor e independente, porque antes a gente trabalhava para os outros e hoje a gente trabalha para nós mesmas”, comemora.

Apesar dos louros colhidos, a trajetória do Espaço Solidário Ecolanches nem sempre foi fácil. De acordo com Rosane Rodrigues Ferreira, de 38 anos, que também integra a cooperativa, os trabalhos começaram na greve, quando a movimentação era escassa na universidade. “Foi complicado, porque não tinha ninguém. A gente ficava chamando as pessoas, de um em um, para comerem e experimentarem a comida”, lembra.

A consequência foi o pouco dinheiro arrecadado inicialmente com as vendas, que mesmo assim terminou sendo dividido entre as mulheres. O valor? “Dez reais para cada uma”, confessa Rosane, complementando que o êxito foi aparecendo com a volta às aulas, a propaganda boca a boca e a qualidade dos produtos. “Eu aprendo muito, tanto com o pessoal da INCUBES quanto com as minhas colegas. E levo também o que aprendo para a casa, para a alimentação da minha família, que passou a ser mais saudável, né?”, finaliza aos risos.

Prêmio

O Espaço Solidário Ecolanches e o coletivo Agripesca, outro projeto paraibano, estão na lista recém-anunciada de vencedores da 4ª edição do Prêmio Consulado da Mulher de Empreendedorismo Feminino. Os projetos participaram de um processo seletivo, realizado em âmbito nacional, junto a outros 126 empreendimentos inscritos. Após a averiguação dos critérios exigidos em edital, serão contemplados com o investimento de R$ 10 mil, eletrodomésticos, conforme necessidade, e assessoria de negócios gratuita por dois anos.

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Jornal da Paraíba

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