COTIDIANO
Entregadores cobram sanção de lei que assegura melhores condições de trabalho e mais segurança
Publicado em 04/03/2021 às 23:24 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:02
Por LAERTE CERQUEIRA
Os entregadores de produtos em domicílio (delivery) estão fazendo uma campanha nas redes sociais para que o governador João Azevêdo (Cidadania) sancione uma lei que assegure melhores condições de trabalho e mais segurança para eles.
O projeto de lei foi aprovado no dia 23 de fevereiro e é de autoria da deputada estadual Cida Ramos (PSB).
De acordo com o texto, as empresas que contratam esses trabalhadores no estado da Paraíba devem fornecer, sem custo, capacetes, mochilas térmicas, vestimentas, kit higiene e máscaras. E ainda, garantir condições sanitárias, nesse momento de pandemia.
O projeto também quer que as empresas garantam aos profissionais direito de defesa antes, quando o trabalho deles for questionado pelo cliente. Dando a eles acesso ao processo administrativo, antes do bloqueio ou desativação no sistema da empresa.
De acordo com a deputada, os profissionais dizem que não têm onde lavar as mãos, tomar água e é preciso garantir direitos trabalhistas que estão sendo negados a eles.
"Grande maioria é jovem entre 18 a 25 anos. Muitas das vezes, entregam comida sentindo fome, não possuem local para lavar as mãos, tomar uma água etc. Ainda enfrentam pessoas desonestas que solicitam a comida, eles entregam e o solicitante cancela o pedido dizendo que não recebeu e os entregadores ficam no prejuízo", relata a parlamentar.
O governador pode vetar o projeto todo, alegando alguma inconstitucionalidade. Pode vetar trechos, como pode não fazer nada, deixando passar o tempo para sanção. Nesse caso, ocorre uma sanção tácita e a lei é promulgada pelo presidente da AL.
Até lá, a pressão continua, com promessa de paralisação de atividades.
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