icon search
icon search
home icon Home > política > conversa política
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CONVERSA POLÍTICA

MPC quer suspensão da quebra de contrato da Emlur com empresas de coleta de lixo de João Pessoa

Publicado em 15/04/2021 às 18:14 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:58

Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES 


				
					MPC quer suspensão da quebra de contrato da Emlur com empresas de coleta de lixo de João Pessoa
Foto: reprodução/TV Cabo Branco.

Se a prefeitura achou que seria fácil cancelar os contratos com as três empresas de coleta de lixo de João Pessoa, enganou-se. Litígio duro.

Elas foram escolhidas em licitação ano passado, na gestão Cartaxo, e, segundo a administração atual, não estavam cumprindo o que prometeram na assinatura do contrato. Motivo principal do rompimento, segundo a prefeitura.

Mas o Ministério Público de Contas pediu ao TCE que suspenda da rescisão contratual. O MPC não discute o mérito da questão, mas, entre as a várias justificativas, afirma que a prefeitura precisa garantir a efetiva continuidade no serviço antes de cancelar os contratos. O pedido para que as empresas voltem a fazer a coleta regularmente foi "endereçado" ao relator, o conselheiro Antônio Gomes, que ainda vai decidir sobre o caso.

"Ocorre que, ainda que a Emlur tenha atendido todos os requisitos formais legais para as rescisões dos contratos com a Beta Ambiental, a Limpebras Engenharia Ambiental e a Limpmax Construções e Serviços, o que será tratado a seu tempo, tem-se que o ato foi praticado de forma desarrazoada, ineficiente, contrária ao interesse da população e, em especial, à saúde pública, uma vez que a administração ameaçou a continuidade da prestação de um serviço público essencial, que deve ser ininterrupto, devendo ainda ser prestado com observância das normas de segurança e saúde pública da população e dos trabalhadores envolvidos", afirmou o procurador-Geral do Ministério Público de Contas/PB, Manoel Antônio Santos Neto.

Falta lógica e verossimilhança

Segundo ele, a afirmação de que a Emlur possui equipamento e pessoal próprios, prontos para substituir o serviço de três empresas, contratadas por alguns milhões de reais, garantindo a continuidade dos serviços com qualidade, carece de lógica e verossimilhança.

"Supor tal fato como verdade seria também assumir como desnecessária nova licitação e contratação, bem como prejuízo ao erário público decorrente de todos os pagamentos já efetuados às empresas de limpeza urbana contratadas ao longo dos anos", completou.

O procurador, além de pedir o retorno do trabalho das empresas, pede a declaração de ilegalidade da suspensão do serviço essencial realizada pelo gestor, bem como aplicação de multa legal em virtude da prestação de serviço de forma deficiente pela administração direta.

Entenda a "guerra do lixo" em JP

				
					MPC quer suspensão da quebra de contrato da Emlur com empresas de coleta de lixo de João Pessoa

A gestão atual alega que as empresas, no fim do ano passado, foram notificadas por meio de três ofícios para resolver as irregularidades e para que fossem feitas todas as readequações no plano de trabalho, mas não fizeram.

Entre os problemas: não entregaram vários equipamentos descritos nos contratos, como tratores, reboques, varredeiras. Também caminhões de coleta com várias desconformidades em relação ao que foi contratado.

A direção da Emlur diz ainda que, mesmo não ofertando o que prometeu, a gestão passada pagou os valores totais, sem descontar os serviços que não estavam sendo executados e sem refazer os cálculos levando em conta as desconformidades. Ou seja, segundo a prefeitura, a administração pagou por um serviço que não recebeu.

Decisão judicial 

No último dia 05, a Justiça da Paraíba decidiu revogar uma liminar que concedia à empresa Limpmax o direito de manter o contrato com a Emlur. A empresa tinha questionado a decisão da prefeitura.

As empresas 

Nas notas enviadas à imprensa, as empresas alegam que não houve direito ao contraditório, que a quebra do contrato unilateral não deu direto a defesa.  Negaram que houve recebimento de valores, sem que o serviço prestado fosse condizente com o que foi pago.

No caso da Limpmax, "que todas as alegações de irregularidades apresentadas pela EMLUR foram impugnadas e que essas supostas irregularidades não representam 6% do contrato, e todas foram provocadas pelas dificuldades advindas pela Pandemia, p. ex: Desabastecimento de insumos fabris, redução de mão-de-obra em industrias, etc", registra uma das notas.

MPPB investiga quebra de contrato 

O MPPB, há alguns dias, abriu inquérito civil para investigar a rescisão do contrato da Prefeitura de João Pessoa com as três empresas de coleta de lixo que faziam a limpeza do município.

A investigação foi aberta pelo promotor Ricardo Alex Almeida Lins e foi provocada por denúncia apresentada pela Beta Ambiental, uma das empresas afetadas.

Na denúncia a Beta fala que a rescisão aconteceu de forma “sumária e unilateral” com o objetivo de criar uma “situação de emergência” para, assim, realizar contratação sem licitação de empresa convidada, “em total desrespeito aos contratos firmados”.

Só não pode faltar coleta 

A prefeitura de João Pessoa tem todo direito e deve comprar a briga se é a proteção do dinheiro do cidadão que está em jogo. Mas precisa fazer de uma maneira que a população não seja prejudicada com lixo acumulado pelas esquinas. Se isso ocorrer, mesmo estando certa, escolheu a forma errada de ir para o duelo e vai ser questionada por isso. As pessoas querem o serviço. E mais: querem serviço de qualidade, com caminhos fechados e trabalhadores protegidos.

A Emlur espera que até esta sexta-feira (15), o processo para contratação de empresa emergencial esteja finalizado e, na próxima semana, as empresas novas assumem.

Imagem ilustrativa da imagem MPC quer suspensão da quebra de contrato da Emlur com empresas de coleta de lixo de João Pessoa

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp