Eitel Santiago evita falar sobre escolha de nome dele para PGR, caso Aras vá para o STF

Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES

O subprocurador-geral da República, o paraibano Eitel Santiago, afirmou ao Conversa Política que prefere não falar, neste momento, sobre uma possível escolha do nome dele para ser o novo Procurador-Geral da República. "Não estou pensando nisso nem desejo falar sobre o assunto. Espero que compreenda", afirmou.

A possibilidade foi ventilada porque Eitel é bem próximo do atual procurador-geral, Augusto Aras, que é um dos cotados para ser indicado à vaga do Supremo  Tribunal Federal (STF). Vaga que será aberta após aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, semana que vem.

Bolsonaro confirma André

Mas, a virtual indicação de Aras levou nesta terça-feira (06) um "balde de água fria". É que o presidente Bolsonaro disse, em reunião com ministros, que já definiu que o atual Advogado-Geral da União, André Mendonça, será o nome indicado para o cargo. O nome "terrivelmente" evangélico.

A indicação deve ocorrer semana que vem, mas André precisa passar pela sabatina do Senado, onde tem resistência, segundo relatos de senadores.

Difícil o AGU ficar pelo meio do caminho, mas, caso ocorra, Aras está à espera.

Ao lado, o paraibano Eitel, que foi seu secretário-geral, também fica na expectativa. Afinal é de inteira confiança, anulou a aposentadoria e foi reintegrado ao Ministério Público Federal (MPF)

Eitel também é alinhado, ideologicamente, com o presidente e, atualmente, é subprocurador-geral da República. Recentemente, foi nomeado por Aras como secretário de Relações Institucionais do Gabinete do PGR.

Se a onda virar, quem sabe, o ex-candidato a deputado federal paraibano, pode se transformar em preferência, mesmo fora da lista tríplice.

Isso porque essa é uma tradição que Bolsonaro nunca esteve preocupado em seguir. Aras, por exemplo, virou PGR, em 2019, sem estar na lista.

É acompanhar. Para alguns, não custa nada cruzar os dedos.