CONVERSA POLÍTICA
Presidente do PTB da Paraíba critica prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson
Publicado em 13/08/2021 às 15:50 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:54
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
Assim que anunciada a prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB Nacional, o ex-candidato a prefeito de João Pessoa, Nilvan Ferreira, presidente estadual do partido, se pronunciou, criticando a ação. Segundo ele é um acinte a democracia. "Qual crime que Roberto cometeu? Qual o escândalo que Roberto está envolvido?", questionou.
Segundo Nilvan Ferreira, Roberto Jefferson foi preso porque é um dos "homens mais presentes na defesa do presidente Jair Bolsonaro. Essa é a explicação para a prisão [...]Tem colocado sua postura em defesa do presidente Jair Bolsonaro, do seu governo e tem feito um combate exaustivo para impedir o retorno da esquerda no governo do Brasil", afirmou.
Nilvan entende que as críticas feitas ao STF não podem ser motivadas para decretar prisão. "Está garantido na Constituição a liberdade de expressão, mas o crime que ele cometeu não foi esse. Ele está sendo tirado de combate porque tem sido nos últimos meses um dos maiores defensores do presidente", reforçou
A autorização para prisão de Roberto Jefferson foi do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o bloqueio de conteúdos postados por ele em rede sociais e apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento.
Jefferson foi preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (13). O mandado é de prisão preventiva (que não tem prazo estipulado para acabar).
"Uma possível organização criminosa – da qual, em tese, o representado faz parte do núcleo político –, que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, principalmente aquelas que possam contrapor-se de forma constitucionalmente prevista a atos ilegais ou inconstitucionais, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o próprio Congresso Nacional", afirmou Moraes.
A prisão ocorre por conta do chamado inquérito da milícia digital, que é uma continuidade do inquérito dos atos antidemocráticos.
No mandado que autorizou a prisão de Jefferson, o ministro Alexandre de Moraes disse também que o ex-deputado publicou manifestações em suas redes sociais que continham "discursos de ódio" e comentários "homofóbicos", os quais se destinavam a ministros do Supremo e a "corroer as estruturas do regime democrático e a estrutura do Estado de Direito".
"As manifestações, discursos de ódio e homofóbicos e a incitação à violência não se dirigiram somente a diversos Ministros da Corte, chamados pelos mais absurdos nomes, ofendidos pelas mais abjetas declarações, mas também se destinaram a corroer as estruturas do regime democrático e a estrutura do Estado de Direito", diz o documento.
Moraes disse ainda que há "fortes indícios" de que Jefferson tenha cometido crimes, entre eles: calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime e apologia ao crime.
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Com informações do G1
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