PLENO PODER
Com 'corte' de R$ 44 milhões, UFPB faz campanha para reduzir conta de energia
Publicado em 14/08/2019 às 8:57 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:45
Reitoria teme que aperto financeiro inviabilize funcionamento da instituição depois de setembro
A situação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no que se refere ao orçamento disponível para a instituição em 2019, não está nada boa. Com um corte (ou contingenciamento, como o Governo Federal prefere) de R$ 44 milhões em recursos, a universidade está tendo que fazer uma campanha para reduzir os gastos até mesmo com energia elétrica.
A determinação da Reitoria é de que todos os setores 'apertem os cintos'. "Estamos fazendo campanhas para redução do gasto com energia. Nossa energia é mais de um milhão de reais por mês. Mas a preocupação é enorme, porque estamos apertando o cinto onde é possível fazer", explicou a reitora da UFPB, professora Margareth Diniz, acrescentando que a universidade já teve que fazer cortes na terceirização de serviços.
Risco de colapso gera protesto
Com o orçamento disponível, após o contingenciamento, tanto a UFPB como a UFCG só terão recursos suficientes para manter o pleno funcionamento das atividades até o fim do próximo mês. No caso da Universidade Federal de Campina Grande, o bloqueio de recursos chegou a um patamar de R$ 27 milhões. Nesta terça-feira (13) estudantes e professores das duas instituições realizaram protestos, em João Pessoa e Campina Grande, contra as medidas do Governo Federal e os cortes na Educação.
O Ministério da Educação (MEC) bloqueou, no final de abril, uma parte do orçamento das 63 universidades e dos 38 institutos federais de ensino. O corte, segundo o governo, foi aplicado sobre gastos não obrigatórios, como água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas. No total, considerando todas as universidades, o corte é de R$ 1,7 bilhão, o que representa 24,84% dos gastos não obrigatórios (chamados de discricionários) e 3,43% do orçamento total das federais.
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