PLENO PODER
Longe do 'comando' do Governo do Estado, Campina mantém hegemonia no Legislativo da Paraíba
Publicado em 11/10/2019 às 17:47 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:29
Campina possui 2 senadores, 4 deputados federais e pelo menos 6 estaduais com base eleitoral na cidade
A última vez que Campina Grande teve uma liderança eleita para comandar o Governo do Estado foi há 13 anos. Na época o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) foi reeleito em uma disputa apertada que, mais adiante, teria como desfecho o término precoce de seu mandato. De lá para cá, a cidade assistiu a uma sucessão de mandatos com governadores de outras bases eleitorais: José Maranhão, de Araruna; Ricardo Coutinho, de João Pessoa; e João Azevêdo, também da Capital.
Mas nesse período, Campina não perdeu o seu brilhantismo na política e encontrou, no Legislativo, a oportunidade de manter a sua hegemonia. Hoje, a cidade ocupa duas das três cadeiras do Senado Federal, com Veneziano Vital (PSB) e Daniella Ribeiro (PP). Já na Câmara, dos 12 deputados federais, 4 têm fortes vínculos com a cidade: Pedro Cunha Lima (PSDB), Damião Feliciano (PP), Julian Lemos (PSL) e Aguinaldo Ribeiro (PP).
Na Assembleia Legislativa do Estado, a 'tropa de choque' campinense também se destaca. São pelo menos 6 deputados eleitos com os votos e o apoio do povo de Campina Grande: Ricardo Barbosa (PSB), Tovar Correia Lima (PSDB), Manoel Ludgério (PSD), Moacir Rodrigues (PSL), Inácio Falcão (PC do B) e Adriano Galdino (PSB). Apesar das divergências ideológicas e interesses diversos, quando o assunto é a Rainha da Borborema a 'bancada campinense' atua, em alguns casos, com firmeza e unidade. Foi assim, por exemplo, na luta para evitar o colapso total no abastecimento em 2017.
Mas é fato, também, que essa unidade precisa demonstrar ainda mais vigor na defesa de outras pautas importantes para a cidade. O fortalecimento do comércio, a atração de novos investimentos e projetos que reduzam as desigualdades entre ricos e pobres precisam estar na ordem do dia da 'bancada campinense'.
De janeiro a agosto deste ano a cidade registrou o pior cenário no que se refere à geração de empregos no comércio, com o fechamento de 335 postos de trabalho. Ações e projetos para amenizar essa 'sangria' precisam ser urgentes e devem contar, necessariamente, com a voz daqueles que foram eleitos pelos campinenses para serem os seus representantes. Essa é apenas uma das pautas. Outras tantas podem e precisam ser abraçadas pelo 'parlamento campinense'.
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