COTIDIANO
MP denuncia ex-governador Ricardo Coutinho e mais 6 por lavagem de dinheiro com o canal 40
Publicado em 13/07/2020 às 18:07 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:33
Denúncia foi protocolada hoje na Justiça. MP estima um prejuízo de R$ 1,6 milhão
O Ministério Público protocolou hoje a sexta denúncia que tem como alvo o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), no âmbito da Operação Calvário. Dessa vez Ricardo e mais 6 pessoas são acusadas de lavagem de dinheiro na compra e reforma do Canal 40, em João Pessoa. O local teria sido utilizado para gravações e reuniões durante campanhas eleitorais.
Além do ex-governador, também são denunciados o irmão dele, Coriolano Coutinho; a irmã, Valéria Vieira Coutinho; Paulo César Dias Coelho; a ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias; o ex-secretário executivo de Turismo do estado, Ivan Burity; e Maria Laura Caldas. Os três últimos firmaram termos de colaboração premiada com o MP durante as investigações.
Na denúncia o MP pede a perda de cargo, emprego, função pública ou mandato eletivo dos acusados, e fixação do valor mínimo "para reparação dos danos (materiais e morais) causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido (art. 387, inciso IV, CPP), no caso orçado em R$ 1.600,000,00 (um milhão e seiscentos mil reais) correspondente ao valor mínimo identificado, no presente caso, que foi desviado ilicitamente do tesouro estadual pela ORCRIM (via caixa de propina), sendo R$ 100.000,00 (cem mil reais) destinados a aquisição do imóvel, R$1.000,000,00 (um milhão de reais) utilizados na execução das obras de reforma do CANAL 40 e, aproximadamente, R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) gastos com o custeio de despesas ordinárias do prédio".
Para o MP, os recursos empregados na reforma do imóvel e na compra dos móveis teriam sido retirados do "caixa de propina", investigado na Calvário.
Em nota, os advogados do ex-governador Ricardo Coutinho consideraram que "o oferecimento de denúncias separadas e consecutivas, por fatos que são idênticos ou, no mínimo, conexos, não encontra amparo na lei e nem na Constituição. A defesa rechaça qualquer tentativa de utilização do processo penal como forma de perseguir determinado agente político às vésperas do pleito eleitoral". O blog ainda não conseguiu contato com as defesas dos demais investigados.
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