PLENO PODER
Advogados e Gaeco dizem que não, mas soltura de Edvaldo e Pietro deixou 'cheiro' de delações no ar
Edvaldo Rosas e Pietro Harley tiveram as prisões preventivas substituídas por medidas cautelares
Publicado em 02/03/2021 às 10:50 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:23
Os advogados do empresário Pietro Harley e do ex-presidente estadual do PSB paraibano, Edvaldo Rosas, negam. Os promotores do Gaeco também. Mas a verdade é que a substituição das prisões preventivas dos dois por medidas cautelares deixou o 'cheiro' de novas delações premiadas no ar.
E eu explico. No mês passado, quando já tínhamos a pandemia da covid-19, o Ministério Público pediu que os dois fossem recolhidos numa cela convencional, por não terem diploma superior.
Agora, o entendimento sobre a pandemia parece ter sido modificado.
No parecer, enviado à Justiça e que serviu de base para a decisão de ontem, os promotores alertam para o avanço da pandemia e os riscos de contaminação com a doença.
Além disso, outros detalhes chamam atenção: os dois têm o mesmo advogado e um terceiro investigado nas fases 11ª e 12ª, Coriolano Coutinho, não foi incluído na decisão que substituiu a preventiva por medidas cautelares.
No caso de Coriolano, ele tem um agravante. Já esteve com tornozeleiras eletrônicas mas teria descumprido as regras, conforme o MP.
Ainda assim, somando-se todos os elementos, embora as partes envolvidas não confirmem, mas a soltura dos dois deixou um 'cheiro' já conhecido pela Calvário no ar. Um 'cheiro' de colaboração...
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