COTIDIANO
O Correio das Artes foi capa do Segundo Caderno de O Globo (2)
Publicado em 28/03/2019 às 6:51 | Atualizado em 30/08/2021 às 23:36
Retomo o tema do post anterior.
Aproveito os 70 anos do suplemento literário de A União.
Resumi assim: como o Correio das Artes foi capa do Segundo Caderno de O Globo.
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Geneton Moraes Neto fez no seu blog o que eu não quis fazer no Correio das Artes.
Para Geneton, o importante foi pinçar algo que estava lá no meio da entrevista com Caetano Veloso sobre cinema para - digamos - "esquentar" o conteúdo.
Para mim, o importante não era o que Caetano dizia sobre Woody Allen.
Para mim, o essencial era ter Caetano falando longamente - e tão bem - sobre um negócio que ele ama profundamente, o cinema.
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Uma manhã qualquer, estava na minha sala em A União quando fui chamado por Nelson Coelho, nosso superintendente.
Nelson lembrou que eu assumira a editoria do jornal e ainda não ligara para Sebastião Nery, aquele do folclore político, que era um dos nossos colunistas.
Nelson, então, ligou para Nery e passou o telefone para mim. Trocamos algumas palavras, e ele disse:
Você está de Parabéns!
Agradeci e perguntei o motivo. Será pela editoria de A União? - indaguei.
Ao que Nery respondeu:
A entrevista com Caetano no Correio das Artes repercute aqui no Rio e hoje é capa do Segundo Caderno deO Globo.
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VAMOS COMER WOODY ALLEN era o título da matéria de capa, assinada por Arnaldo Bloch e Rodrigo Fonseca.
Lá estava: "Meio artístico responde a Caetano Veloso, que, em entrevista, chamou diretor americano de "careta", "reacionário" e "cineasta pequeno".
O Globo resolvera repercurtir o blog de Geneton.
O texto de abertura citava a autoria da entrevista e o veículo onde fora publicado.
Gente como Domingos Oliveira, Murilo Salles, Flávio Tambellini, Walter Carvalho, Ana Maria Magalhães, Roberto Muggiati e Geraldo Carneiro, entre tantos outros, comentava as declarações de Caetano Veloso sobre Woody Allen.
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Minha opinião sobre o episódio:
Foi positivo que o nosso pequenino Correio das Artes tenha obtido visibilidade nacional.
Mas, desde o primeiro instante, discordei do tratamento que o querido Geneton Moraes deu à entrevista em seu blog. Nada, no entanto, que maculasse toda a admiração que eu tinha por ele.
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