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SAÚDE

Caravelas podem liberar toxinas até fora da água; saiba quais cuidados tomar em caso de acidentes

Saiba os cuidados que devemos ter com as caravelas-portuguesas.

Publicado em 03/01/2022 às 11:24


                                        
                                            Caravelas podem liberar toxinas até fora da água; saiba quais cuidados tomar em caso de acidentes
Caravelas são encontradas nas faixas de areia das praias em João Pessoa - Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Com a chegada do verão, o fluxo de pessoas na faixa de areia aumenta e, além dos cuidados que as pessoas precisam ter com a pele, segurança e outras temáticas, vale redobrar a atenção com alguns animais que podem aparecer na praia e oferecer risco à saúde.

Um desses animais é a caravela-portuguesa. Mas que animal é esse? A caravela (Physalia physalis) é um animal que habita o mar, é parente das águas-vivas e das anêmonas-do-mar, e possui tentáculos cheios de células urticantes.

E é por conta desses tentáculos das caravelas que acontecem alguns acidentes envolvendo humanos e o animal. A cor vibrante das caravelas chama atenção e desperta a curiosidade dos banhistas, principalmente as crianças, mas o animal, mesmo morto, tem seus mecanismos de defesa. A caravela-portuguesa provoca lesões na pele e no sistema nervoso.

A dermatologista Ismmaelli Veras recomenda que logo após o contato com a caravela, a pessoa tome cuidados imediatos de segurança para evitar a proliferação das neurotoxinas no corpo provenientes do animal.

“Quando o paciente tiver o contato [com a caravela], deve sair o mais rápido possível da água e lavar o local com uma água salgada - a água doce incentiva a liberação de mais neurotoxinas. Após lavar o local com água salgada, deve-se aplicar vinagre, que vai inibir o efeito da neurotoxina. Após aplicar o vinagre, ele vai ajudar a aliviar a dor”, disse a dermatologista.

Ismmaelli também recomenda evitar receitas populares como aplicação de espuma de barbear, terra e urina para aliviar a dor e explica algumas áreas do corpo são mais propícias à absorção das neurotoxinas.

“As mãos e os pés, o dorso e também as costas, e mais próximo à cabeça são as áreas com maior risco de absorção da neurotoxina. A depender da quantidade de tentáculos, do tempo de contato e da área atingida, o paciente pode ter reações sistêmicas, como náuseas, vômitos, dor de cabeça, arritmias cardíacas, câimbras, tremores, dores abdominais, o que pode configurar um quadro mais grave”, finaliza a dermatologista.

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Jornal da Paraíba

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