ECONOMIA
Preço do café aumenta mais de 50% no Brasil em um ano
Variação no preço do café é de um ano, conforme levantamento do IBGE. Apenas em janeiro, o preço do café torrado e moído aumentou 4,7%.
Publicado em 15/02/2022 às 13:40
Quem gostar do café pela manhã, depois do almoço e durante a tarde, precisará repensar o volume de consumo do produto. Em um ano, o preço do café para o consumidor subiu 56%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geogragia e Estatística (IBGE).
Apenas em janeiro, o preço do café torrado e moído aumentou 4,7% conforme o levantamento.
A alta nos supermercados é consequência da disparada dos preços no campo.
A saca do café arábica, por exemplo, o mais usado na indústria de torrefação, passou de R$ 485 em 2020 para R$ 1.510 hoje, de acordo com o Centro do Comércio do Café de Minas Gerais (CCCMG). O estado é o maior produtor do país e há dois anos tem registrado queda na produção.
Para os próximos meses, a tendência ainda é de alta no preço. A justificativa é que mesmo se a safra desse ano for melhor, os resultados só irão refletir para o consumidor a partir do segundo semestre.
Esse ano, o Brasil deve colher mais de 55 milhões de sacas de café, quase 17% a mais do que em 2021, aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Valor da cesta básica
De acordo com a pesquisa do Dieese, o valor da cesta básica subiu em 16 das 17 capitais onde a pesquisa é feita mensalmente pela entidade, entre elas João Pessoa. As maiores altas ocorreram em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%).
São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou a cesta básica mais cara (R$ 713,86), seguida por Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673,00).
Em 12 meses, as maiores altas acumuladas foram verificadas em em Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) e Campo Grande (14,08%). Já as menores variações no comparativo anual ocorreram em Florianópolis (6,79%) e Belo Horizonte (6,85%).
Entre os itens que ficaram mais caros em janeiro e mais pesaram o valor da cesta básica foram o café em pó, açúcar, óleo de soja, batata e tomate.
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