icon search
icon search
home icon Home > esportes
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

ESPORTES

Craques do passado: Lando e a batalha do Presidente Vargas

Zagueiro fez história ao marcar o gol do título paraibano do Belo, sobre o Treze, em 1968.

Publicado em 02/06/2022 às 10:13


                                        
                                            Craques do passado: Lando e a batalha do Presidente Vargas

Um dos importantes zagueiros da história do Botafogo-PB, Orlando Gonzaga de Souza morreu há quase um mês, no dia 5 de maio. Lando, como era conhecido no mundo do futebol, faleceu aos 80 anos. O jogador foi protagonista em campo de um dos jogos mais tensos da história do futebol paraibano. 

Talvez a geração que viu o Botafogo-PB, depois de quase 10 anos, voltar a ser campeão numa trama de cinema, em 2013, vencendo o Treze em pleno Amigão, não saiba, mas antes dessa narrativa histórica houve um triunfo tão glorioso quanto esse. Foi em 1968. 

O Botafogo-PB não era campeão estadual desde 1957. A década de 1960 foi controlada quase que inteiramente pelo Campinense, que nesse período conquistou o hexacampeonato estadual, glória até hoje exaltada na Bela Vista. Lando era o zagueiro do time botafoguense de 1968, que voltava a ter uma boa oportunidade de levar a taça paraibana. 

O Botafogo-PB chegou à decisão do campeonato com o Treze. Naquele tempo, o Belo atuava no Estádio da Graça. Não existia o Almeidão nem o Amigão. De modo que, diferente de 2013, os palcos das batalhas que viriam seriam mais modestos. 

O Alvinegro venceu dois turnos naquele campeonato. O Treze venceu um e mais um jogo decisivo, o que fez com que a competição tivesse uma final geral. O primeiro jogo foi no Estádio da Graça. O Botafogo-PB venceu por 3 a 1 e jogaria pelo empate no jogo de volta, no Estádio Presidente Vargas. Testemunha ocular do jogo de volta, Raimundo Nóbrega, conselheiro do Botafogo-PB, disse que foi um grande duelo. 

“Botafogo-PB e Treze proporcionaram uma das maiores decisões já vistas na história do futebol paraibano. Os poucos torcedores do Botafogo-PB que foram assistir ao jogo decisivo no Estádio Presidente Vargas, apesar de esperançosos, estavam com uma 'mosca atrás da orelha', embora a equipe precisasse apenas do empate para ganhar o campeonato e quebrar a sequência de títulos conquistados pelos maiores rivais. Provavelmente depois dessa histórica decisão, Botafogo-PB e Treze passaram a protagonizar até hoje o maior clássico do futebol paraibano”, conta o conselheiro. 

Pois bem, a situação para o Botafogo-PB era até boa. Bastava não levar gol para sair de Campina Grande com o título. Mas ser campeão em Campina Grande não era das missões mais fáceis. Nem sair da cidade com a taça, como veremos a seguir. 

O Botafogo-PB segurou bem o ímpeto do quadro adversário. O Treze buscava, mas não encontrava o gol. A barragem pessoense foi intransponível até perto dos 40 da segunda etapa. Facó, atacante do Treze, encontrou o caminho das redes. Parecia que a decisão iria ter mais um jogo. 

A massa trezeana comemorava bastante. O título seguiria sem dono por mais alguns dias. Mas Lando estava naquele campo fadado a entrar para a história. E contra isso não há muito que fazer. Quem conta é Raimundo. 

“Houve, então, aos 43 minutos, uma falta contra o Treze, a pouco mais de 5 metros da linha central do campo, bem próximo da linha lateral direita, muito distante do gol do Treze. O lateral-direito do Botafogo-PB, Lúcio Mauro, ajeitou a bola com carinho e cruzou para a área trezeana. De repente, apareceu o zagueiro Lando, como homem-surpresa, e cabeceou para as redes. Estava decretado o empate”, relembra. 

Era o gol de empate. Era o gol do título do Botafogo-PB. Da saída do jejum. Mas a beleza do lance para pelo menos um dos tons alvinegros do jogo deu lugar a cenas lamentáveis. Indignado com o gol marcado, jogadores do Treze cercaram o árbitro, que chegou a ser agredido. 

Houve discussões, expulsões, pontapés, e o clima de violência passou a imperar. Com as coisas acalmando, por conta das expulsões e de uma suposta queda de energia, o jogo foi encerrado no Presidente Vargas. A felicidade da torcida visitante passou a ser tensão também. Ameaçados pela torcida adversária, vários botafoguenses tiveram que correr, pular o muro do PV e sair rapidamente das imediações do estádio. Enquanto isso, João Pessoa estava em festa. Tudo porque Lando encontrou as redes e a eternidade. 

Imagem

Pedro Alves

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp