CONVERSA POLÍTICA
Prazo para federações partidárias termina nesta terça; veja situação na Paraíba
Apesar das composições em relativa harmonia no contexto nacional, as federações devem provocar problemas para algumas lideranças locais, na Paraíba.
Publicado em 31/05/2022 às 13:19 | Atualizado em 31/05/2022 às 14:29
O prazo para as federações partidárias que pretendem participar das Eleições 2022 consigam o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) termina nesta terça-feira (31). Três alianças foram anunciadas para o pleito de outubro: Federação Brasil da Esperança (PCdoB, PT e PV), Federação PSDB-Cidadania e Federação Psol-Rede.
Será a primeira vez que as eleições brasileiras contarão com a possibilidade de candidaturas serem apoiadas por meio de federações. Pelos próximos quatro anos, elas funcionarão como um partido único. Terão de dividir recursos do Fundo Partidário e tempo de televisão.
Essa unidade também estimula o lançamento de candidatos únicos, ao menos para a disputa presidencial.
Na esfera nacional, a Federação Brasil da Esperança indicou o ex-presidente Lula (PT) como pré-candidato à Presidência. O petista também é apoiado pela federação Psol-Rede.
Já no caso da aliança entre PSDB e Cidadania, o Cidadania declarou apoio à pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB), mas o PSDB ainda decide o que fazer depois que o ex-governador de São Paulo João Dória (PSDB) anunciou sua desistência da disputa eleitoral.
Rachas internos
Apesar das composições em relativa harmonia no contexto nacional, as federações devem provocar problemas para algumas lideranças locais, na Paraíba.
No grupo PCdoB, PT e PV, o racha ocorre em torno dos apoios a pré-candidatos ao governo e ao Senado. PT apoia a pré-candidatura do Senador Veneziano ao governo e pretende lançar o ex-governador Ricardo Coutinho à senatória.
O PCdoB e PV, no entanto, apoiam o projeto de reeleição do governador João Azevêdo. No caso do PCdoB, a divisão se acentua com a pré-candidatura do professor Rangel Junior ao Senado.
Na federação Psol-Rede também há conflito de interesses. O Psol lançou pré-candidatura própria para governo (Adjany Simplício) e Senador (Alexandre Soares). A Rede é da base de João Azevêdo e o presidente da legenda, deputado Chió, não abre mão de permanecer no grupo.
Apenas no caso da federação PSDB e Cidadania que há menos problemas. Os tucanos estão com a pré-candidatura posta do deputado Pedro Cunha Lima ao governo.
O Cidadania, que se esvaziou desde a saída de João Azevêdo, não tem apresentado embaraços para as pretensões políticas do PSDB neste sentido.
A oficialização das candidaturas e a harmonização desses interesses, claro, só ocorrerão nas convenções partidárias, entre julho e agosto.
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