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ESPORTES

Livro sobre a história do atacante paraibano Índio será lançado na sede do Flamengo

Atacante natural de Cabedelo marcou época na década de 1950. Jogou a Copa do Mundo de 1954 com a seleção brasileira e é o décimo maior artilheiro do Flamengo, com 144 gols.

Publicado em 09/06/2022 às 17:27


                                        
                                            Livro sobre a história do atacante paraibano Índio será lançado na sede do Flamengo
Livro sobre Índio será lançado no dia 16. Foto: Reprodução

Natural de Cabedelo, Aluísio Francisco da Luz, mais conhecido por Índio, teve um livro escrito sobre a sua trajetória: "Índio - O Herói de 57". O lançamento será na quinta-feira da próxima semana, às 17h, no Hall de Entrada do Clube de Regatas do Flamengo, na Gávea, no Rio de Janeiro. a obra traz feitos do paraibano com a camisa do Mengão e também da seleção brasileira. Entre eles, a lesão que o tirou da Copa de 1958 e abriu vaga para a convocação do jovem Pelé.

Índio saiu cedo da Paraíba. Com a perda do pai logo cedo, o lendário jogador se mudou com a mãe para o Rio de Janeiro. Após passar pelas categorias de base do Bangu, no fim dos anos 40, ele foi descoberto por Kanela, então técnico do Flamengo. E, em 1951, já era destaque do Rubro-Negro carioca, onde ficou até 1957.


				
					Livro sobre a história do atacante paraibano Índio será lançado na sede do Flamengo
Livro "Índio, o herói de 57" será lançado na Gávea — Foto: Divulgação / Livros de Futebol. Livro "Índio, o herói de 57" foi lançado na Gávea — Foto: Divulgação / Livros de Futebol

O cabedelense faleceu no dia 19 de abril de 2020, no Dia do Índio, aos 89 anos. O seu legado no esporte foi escrito por Fábio Henrique Alves, produtor de eventos carioca, mas residente em João Pessoa desde os cinco anos de idade. Índio foi um dos primeiros nordestinos a vestir a camisa da seleção brasileira. Além disso, foi o primeiro paraibano a disputar uma Copa do Mundo. Na ocasião, esteve presente no Mundial de 1954, na Suíça, quando o Brasil chegou até as quartas de final, e foi eliminado pela Hungria, vice-campeã daquela edição. Além disso, foi o primeiro negro a vestir a camisa do Espanyol, tradicional clube de Barcelona.

Em sua carreira por terras cariocas, Índio se destacou no Flamengo na década de 50, sendo tricampeão carioca (1953-55), e artilheiro do tri, em um time que contava com grandes nomes da história do esporte, como Zagallo, Evaristo de Macêdo, Benítez, Joel, entre outros. A primeira convocação do cabedelense para a seleção brasileira veio em 1954. Porém, o seu feito mais marcante pela Amarelinha foi nas Eliminatórias de 1957, quando marcou um gol na partida de ida contra o Peru, em Lima, que foi fundamental para a classificação do Brasil para a Copa da Suécia de 58. No entanto, o paraibano se lesionou e ficou de fora dos comandados do técnico Vicente Feola. O jovem promissor Pelé, por outro lado, assumiu a vaga deixada por ele e conquistou aquele que seria o primeiro de três Copas ganhas pelo Rei — 1958, 1962 e 1970.


				
					Livro sobre a história do atacante paraibano Índio será lançado na sede do Flamengo
Índio é o décimo maior artilheiro da história do Flamengo: Foto: Reprodução. Índio é o décimo maior artilheiro da história do Flamengo: Foto: Reprodução

Durante a sua passagem pelo Flamengo, Índio marcou 144 gols com a camisa rubro-negra e ocupa a 10ª colocação na galeria dos principais artilheiros da história do clube. O paraibano é perseguido de perto por Gabigol, que tem 120 tentos pelo Mais Querido. O grupo seleto composto pelo paraibano conta com Zico (507), Dida (251), Henrique (213), Pirillo (207), Romário (204), Jarbas (152), Bebeto (149), Leônidas da Silva (151) e Zizinho (146).

Além do Flamengo, Índio ainda jogou em outros três clubes: o Corinthians, de 1957 a 1959, o Espanyol, de 1959 a 1963, e o América-RJ, onde encerrou a carreira, em 1965.

O lançamento do livro "Índio - O Herói de 57" será na quinta-feira da próxima semana, às 17h, Hall de Entrada do Clube de Regatas do Flamengo, na sede da Gávea, no Rio de Janeiro.

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Matheus Aquino

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