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VIDA URBANA

PB: abacaxi é campeão em teor de agrotóxicos

Amostras analisadas foram coletadas de janeiro a abril do ano passado, em feiras livres e principais redes de supermercados.

Publicado em 31/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:37

O relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgado ontem, listou os alimentos com teor de agrotóxico considerado insatisfatório. Na Paraíba, os produtos com resultados mais preocupantes são o abacaxi, a cenoura e a laranja. As amostras foram coletadas de janeiro a abril do ano passado, em feiras livres e principais redes de supermercados do Estado.

De acordo com os dados do PARA, o número de amostras insatisfatórias contém resíduos de ingredientes ativos não autorizados para a cultura indicada ou contém agrotóxico acima do Limite Máximo de Resíduo (LMR). No caso dos produtos da Paraíba, o abacaxi foi o vilão da vez. Segundo a análise, a cada seis amostras analisadas, quatro tinham o grau insatisfatório. Com relação à laranja e à cenoura, foram avaliadas seis amostras de cada, e duas de cada produto foram reprovadas.

O relatório da Anvisa traz ainda os dados dos produtos analisados em 2011 e o pimentão comercializado na Paraíba foi o que apresentou a situação mais preocupante. Segundo o documento, das oito amostras analisadas, sete foram consideradas insatisfatórias. Em classificação semelhante aparecem a cenoura e o mamão. No caso da raiz, das cinco amostras, quatro foram reprovadas. Já a fruta, das seis unidades analisadas, três estavam insatisfatórias para o consumo.

Embora não saiba indicar a origem dos produtos coletados para a análise da Anvisa, a diretora técnica de alimentos e medicamentos da Agência Estadual de Vigilância Sanitária e Ambiental (Agevisa), Djanira Lucena, explicou que a maior parte dos alimentos recebem aditivos químicos que deveriam ser utilizados em outros produtos e também que há muitos produtos vendidos, principalmente nas feiras livres, sem o registro no Ministério da Agricultura ou no órgão.

“Muitas vezes, eles (agricultores) usam produtos que deveriam ser adicionados à laranja, por exemplo, mas usam em outro produto. Isso gera resíduos e prejudica os consumidores. Outro fator de risco são os produtos clandestinos que não têm o registro na Anvisa ou Ministério da Agricultura. Tudo isso complica nossa fiscalização”, disse a representante da Vigilância Estadual.

Além dos alimentos contaminados por agrotóxicos, Djanira Lucena acrescentou ainda que as substâncias tóxicas que chegam aos produtos também oferecem riscos aos próprios agricultores.

Fiscalização
Diante dos resultados apresentados pela Anvisa, a diretora de alimentos da Agevisa informou que serão definidas ações para identificar a origem dos produtos identificados com excesso de aditivos químicos e intensificar a fiscalização nos pontos de venda de comercialização dos hortifrutigranjeiros.

“Onde a gente identificar a produção irregular ou comercialização dos produtos, será feita uma intervenção mais acentuada e até mesmo a apreensão dos produtos. Além disso, nós já fazemos fiscalizações na água utilizada para a irrigação, para analisar a qualidade da água e se há excesso de resíduos”, explicou Djanira Lucena.

A Secretaria Estadual de Agricultura e Pesca também inspeciona a produção do Estado e faz um trabalho de conscientização dos agricultores. Segundo o gerente da Defesa Agropecuária, Rubens Tadeu, mesmo com as fiscalizações dos órgãos estaduais, ainda há o problema da clandestinidade da origem dos alimentos, principalmente quando os produtos vêm de outros estados.

“A laranja comercializada aqui, por exemplo, vem de Sergipe e da Bahia. Já a maior parte do abacaxi é nossa e mesmo assim enfrentamos problemas com o uso do agrotóxico. No caso do abacaxi, é comum os agricultores utilizarem produtos para antecipar a maturação do fruto. As ações mais fortes que temos para evitar esse tipo de prática é na região do Cariri, onde há o cultivo do pimentão e outros hortifrútis. Quando encontramos irregularidades, apreendemos e notificamos os produtores e estabelecimentos, mas não temos condições de cobrir 100% da área”, revelou.

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Jornal da Paraíba

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