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POLÍTICA

Nilvan Ferreira no JPB1: o que é verdade e o que é falso dito pelo candidato a governador da PB

Nilvan Ferreira (PL) foi entrevistado por Laerte Cerqueira e Danilo Alves, no JPB1, nas TVs Cabo Branco e Paraíba. Jornal da Paraíba e Bode Fatos checaram as declarações.

Publicado em 15/09/2022 às 6:28 | Atualizado em 23/06/2023 às 12:31


                                        
                                            Nilvan Ferreira no JPB1: o que é verdade e o que é falso dito pelo candidato a governador da PB
Foto: Felipe Lima/TV Cabo Branco

O comunicador Nilvan Ferreira (PL), candidato ao governo da Paraíba, foi entrevistado nesta quarta-feira (14) no telejornal JPB1, da Rede Paraíba de Comunicação. Durante a entrevista, Nilvan citou dados sobre a administração pública do estado, empreendedorismo e infraestrutura e fez menção ao presidente Jair Bolsonaro.

As equipes do Jornal da Paraíba e da agência de checagem Bode Fatos apuraram o que é verdade e o que é falso nas informações do entrevistado.

Confira abaixo frases que foram checadas na entrevista de Nilvan Ferreira no JPB1:

Vamos fazer tipo o que o presidente Bolsonaro está fazendo a nível nacional, que é um dos pilares básicos dos ministérios [...] ter uma equipe técnica

Nilvan Ferreira, candidato pelo PL ao governo da Paraíba

A INFORMAÇÃO NÃO É BEM ASSIM

Não é bem assim. O candidato Nilvan Ferreira indica que vai escolher uma equipe técnica para as secretarias, assim como teria feito o presidente Jair Bolsonaro (PL) com os ministérios. No entanto, Bolsonaro escolheu ministros sem experiência prévia ou conhecimento sobre as pastas que estavam assumindo, e alguns por indicação política.

Para usarmos alguns exemplos, no Ministério da Saúde, durante a pandemia da covid-19, o governo Bolsonaro nomeou um militar, Eduardo Pazzuelo, que não é médico e tampouco tinha experiência na área. 

No Ministério da Educação (MEC), o ex-ministro Milton Ribeiro é pastor e chegou a ser preso suspeito de corrupção enquanto estava na pasta. Em agosto de 2021, de acordo com a Folha de São Paulo, Milton Ribeiro disse estar surpreso com algumas atribuições do MEC e demonstrou que não tinha conhecimento sobre o ministério.

Os sites Aos Fatos e o UOL Confere também checaram a informação em outra ocasião e encontraram inconsistências.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do candidato e aguarda uma resposta sobre o assunto.

É um governo que tem 23 secretarias, 43 órgãos da administração indireta. [Isso] termina deixando o estado gigante, o estado inchado, o estado ineficiente, burocrático demais... nossa meta é reduzir, é extinguir algumas secretarias, fazer fusão...

Nilvan Ferreira, candidato pelo PL ao governo da Paraíba

A INFORMAÇÃO É VERDADEIRA

De acordo com informações obtidas via Lei de Acesso à Informação, a Paraíba tem 23 secretarias. Em relação aos órgãos da administração indireta, esse total chega a 43. 

É um dos estados [a Paraíba] que mais se demora a abrir empresas

Nilvan Ferreira, candidato pelo PL ao governo da Paraíba

A INFORMAÇÃO É FALSA

De acordo com o Painel de Mapas das Empresas, ferramenta disponibilizada pelo governo federal, a Paraíba aparece em 7º lugar em relação ao tempo médio para abertura de uma empresa, que é de 16,1 horas. Os piores estados seriam Amapá (37,9 horas), Santa Catarina (36 horas), Piauí (36 horas), Pará (35,9 horas) e Rio Grande do Sul (33,1 horas).

A Paraíba hoje é tão burocrática que você termina asfixiando setores importantes como o setor de energias renováveis, cobrando imposto do sol

Nilvan Ferreira, candidato pelo PL ao governo da Paraíba

A INFORMAÇÃO É VERDADEIRA

A reportagem do Jornal da Paraíba, em dezembro de 2021, apurou que, de acordo com o secretário da Fazenda da Paraíba, Marialvo Laureano, está previsto na legislação de todo Brasil a cobrança de ICMS sobre geração e distribuição de energia solar. Aqui, no estado, essa cobrança seria de 25%. No entanto, em 2015, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou isenção do imposto sobre a geração, para estimular o setor. A Paraíba assinou o acordo, mas a cobrança sobre a “distribuição” foi mantida no Confaz. 

As obras da triplicação [da BR-230] não aconteceu por problemas que nós temos de recursos e depois o governo federal foi obrigado a colocar o exército para continuar a obra.

Nilvan Ferreira, candidato pelo PL ao governo da Paraíba

A INFORMAÇÃO É VERDADEIRA

A triplicação da rodovia BR-230 no trecho entre a cidade de Cabedelo e o Viaduto de Oitizeiro foi iniciada em março de 2017. A construção estava orçada inicialmente em mais de R$ 255 milhões. Ela se estende por cerca de 28 km e, além da triplicação, previa a construção de 13 viadutos e reforma de outros três.

Em 2020, a obra foi parada. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a suspensão aconteceu após o governo federal cancelar os recursos enviados onde constavam “restos a pagar” do orçamento de 2016, ainda na gestão do ex-presidente Michel Temer. Conforme o DNIT, os recursos foram insuficientes para a continuidade do serviço.

A obra foi iniciada após o DNIT e o Exército Brasileiro assinarem o Termo de Execução Descentralizada (TED) para reinício dos trabalhos. 

A execução da obra, que ainda não foi concluída, ficou sob supervisão e gestão militar do 1º Grupamento de Engenharia do Exército Brasileiro, localizado em João Pessoa, e a responsabilidade principal pela execução dos serviços a cargo do 1º Batalhão de Engenharia de Construção (1º BEC), situado em Caicó, no Rio Grande do Norte. Ao DNIT cabe a fiscalização técnica da obra e gestão conjunta do TED.

Imagem

Dani Fechine

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