PLENO PODER
Em uma fotografia, o vice que chega e a vice que sai
Lucas e Lígia Feliciano participaram de uma cerimônia religiosa neste sábado
Publicado em 31/12/2022 às 16:54
O vice-governador diplomado, Lucas Ribeiro (Progressistas), e a vice-governadora, Lígia Feliciano, têm algumas coisas comuns. E não falo apenas da semelhança no nome, já que os dois começam com a letra 'L'. E nem somente do fato de terem como base eleitoral Campina Grande.
Lucas e Lígia surgiram na política a partir do capital eleitoral construído por outros parentes. É inegável isso.
Mas os dois possuem hoje perspectivas bem diferentes.
Lucas chegará amanhã ao cargo olhando para o horizonte, como promessa de se tornar uma liderança em ascensão na Paraíba - dentro, claro, de um contexto de fortalecimento de um grupo que já tem uma senadora e um deputado federal reeleito.
Já Lígia deixará a vice-governadoria de maneira melancólica. Após quase oito anos no cargo, não conseguiu impulsionar um projeto próprio para disputar, com chances, um mandato em 2022. Nem construiu, ainda, um caminho para as eleições que virão (2024/2026). A família manteve o mandato de Damião na Câmara Federal. E apenas isso.
Por alguns períodos, Lígia manteve-se apagada da cena política paraibana. Cumpriu o papel de vice, protocolarmente. Lucas promete que fará diferente. E se quiser de fato consolidar-se, politicamente, precisará olhar no retrovisor e enxergar os erros de percurso cometidos por sua antecessora.
Retirar Campina Grande de seu 'radar' político, por exemplo, pode ser uma falha sem conserto para sua trajetória.
Lucas chega sonhando com os próximos quatro anos. Lígia sai com a tarefa de esquecer parte dos últimos quatro em que esteve como vice. São realidades distintas numa mesma fotografia.
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