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COTIDIANO

Caso Júlia: primeira audiência ouve mãe e avó; acusado fica em silêncio, em João Pessoa

Audiência aconteceu nesta segunda-feira (24). Crime aconteceu em abril de 2022.

Publicado em 24/04/2023 às 20:49


                                        
                                            Caso Júlia: primeira audiência ouve mãe e avó; acusado fica em silêncio, em João Pessoa
Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

A Justiça da Paraíba realizou, nesta segunda-feira (24), a primeira audiência do caso Júlia dos Anjos. A audiência ocorreu de forma híbrida, no Fórum Criminal de João Pessoa. Foram ouvidos os depoimentos da mãe e avó, mas Francisco Lopes, acusado de matar a adolescente em abril de 2022, ficou em silêncio.

De acordo com o Promotor do Ministério Público, Demétrius Castor, além da mãe e a avó, outras testemunhas de acusação iriam depor, mas os relatos das duas mulheres foram suficientes para a promotoria. A audiência aconteceu de forma híbrida, já que a maior parte da família de Júlia está morando em Curitiba.

Neste primeiro momento, todas as oito testemunhas chamadas foram de acusação e nenhum pela defesa.

Ainda conforme Demétrius, a promotoria pediu pela pronúncia do acusado, ou seja, para que fosse dada a continuidade no processo e Francisco Lopes fosse a júri popular. Já a defesa do acusado pediu pela impronúncia, alegando que não havia indícios de autoria suficientes.

Até a publicação desta matéria, a juíza Aylzia Carrilho, que conduziu a audiência, não havia dado a decisão.

Denunciado por estupro de vulnerável, homícidio e ocultação de cadáver, Francisco Lopes está preso desde 12 de abril de 2022, dia em que o corpo da adolescente foi encontrado dentro de um reservatório de água, na capital paraibana.

Entenda o caso

Júlia dos Anjos morava com a mãe, Josélia Araújo, e o padrasto, Francisco Lopes, no bairro de Gramame, em João Pessoa, e desapareceu no dia 7 de abril de 2022.

A mãe relatou inicialmente que a filha havia recebido mensagens de uma mulher, que alegou gostar do perfil dela no Instagram, e teria se oferecido para dar dicas de marketing digital para a adolescente. A mulher desconfiava que esse poderia ter sido um dos motivos do desaparecimento da filha, hipótese que foi descartada posteriormente.

No dia 12 de abril, o padrasto dela, Francisco Lopes, confessou que a assassinou a garota ainda dentro de casa. Segundo Francisco Lopes, ele asfixiou Júlia dentro do quarto dela e só depois levou o corpo para ser abandonado num reservatório.

O corpo de Júlia foi encontrado, em estado de decomposição avançada, dentro de uma cacimba no local indicado pelo padrasto, na região da Praia do Sol.

O padrasto está preso desde o dia 12 de abril.

No dia 19 de abril, Francisco confessou que abusou sexualmente de Júlia dos Anjos por quatro vezes. No dia do crime, ela foi estuprada antes de morrer. A mãe de Júlia dormia no momento e, conforme o delegado Hector Azevedo, ela não tinha conhecimento sobre os casos.

Os crimes sexuais começaram há cerca de quatro meses, conforme o relato do suspeito. Ele ainda declarou que Júlia tentou resistir aos abusos. Perguntado como começou a se aproximar da criança, Francisco Lopes disse que a menina, por ser criança, andava de pijama e toalha pela casa, e ele “criou malícia”.

Imagem

Redação Jornal da Paraíba

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