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CULTURA

Rita Lee em João Pessoa: relembre último show na cidade

Na apresentação de Rita Lee em João Pessoa, no Réveillon 2012, a rainha do rock exalava bom humor, energia e empolgação. A cantora morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos.

Publicado em 09/05/2023 às 12:35


                                        
                                            Rita Lee em João Pessoa: relembre último show na cidade
Rita Lee no Réveillon de João Pessoa. Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

O último show de Rita Lee em João Pessoa foi no Réveillon de 2012, na Praia de Tambaú. A apresentação começou ainda no dia 31 de dezembro, dia do aniversário da cantora e último dia do ano de 2011. Relembre algumas partes do show abaixo, do acervo a TV Cabo Branco.

Rita Lee, uma das maiores cantoras e compositoras da história da música brasileira, morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos.

Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença. A informação foi divulgada nesta terça-feira (9) pela família.

Cerca de 200 mil pessoas eram previstas para a festa, com show pirotécnico e outras apresentações culturais, como o músico recifense Antônio Nóbrega e Orquestra Sanhauá.

Na apresentação, a rainha do rock exalava bom humor, energia e empolgação.

A primeira vez que Rita Lee esteve na capital foi em 1968, com a banda Mutantes. O grupo participou do show de Caetano Veloso, no Clube Astrea.

Em 2012, ela anunciou que deixaria de fazer shows por causa da fragilidade física. “Me aposento dos shows, mas da música nunca”, ela escreveu no Twitter. Em 28 de janeiro daquele ano, no Festival de Verão de Sergipe, ela fez o show anunciado como último da carreira, quando ela discutiu com um policial. Ela foi acusada de desacato à autoridade, levada à delegacia e liberada em seguida.

Carreira de Rita Lee

Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. O pai, Charles Jones, era dentista e filho de imigrantes dos EUA. A mãe, a italiana Romilda Padula, era pianista, e incentivou a filha a estudar o instrumento e a cantar com as irmãs. Aos 16 anos, Rita integrou um trio vocal feminino, as Teenage Singers, e fez apresentações amadoras em festas de escolas. O cantor e produtor Tony Campello descobriu as cantoras e as chamou para participar de gravações como backing vocals. Em 1964, entrou em um grupo de rock chamado Six Sided Rockers que, depois de algumas mudanças de formações e de nomes, deu origem aos Mutantes, em 1966. O grupo foi formado inicialmente por Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. O fim do relacionamento com Arnaldo Baptista coincidiu com a saída dela dos Mutantes. O primeiro álbum solo foi “Build up”, ainda antes de deixar a banda, em 1970. Ela também lançou “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, em 1972, ainda gravado com o grupo.

				
					Rita Lee em João Pessoa: relembre último show na cidade
A carreira pós-Mutantes tomou forma com o grupo Tutti Frutti, no qual ela gravou cinco álbuns, com destaque para “Fruto proibido”, de 1975, que tinha a música “Agora só falta você”. A partir de 1979, ela começou a trabalhar em parceria com o marido Roberto de Carvalho, e se firmou de vez na carreira solo. Ela escreveu e gravou canções de pop-rock com grande sucesso. Um dos álbuns mais bem sucedidos foi “Rita Lee”, de 1979, com “Mania de Você”, “Chega mais” e “Doce Vampiro”. No disco de mesmo título do ano seguinte, ela segue na direção mais pop e faz ainda mais sucesso com “Lança perfume” e “Baila comigo”. Em 1996, ela caiu da varanda do seu sítio, sob efeito de remédios, e quebrou o recôndito maxilar. Rita começou a tentar largar o álcool e as drogas, mas disse ao “Fantástico”, programa da TV Globo, que só conseguiu fazer isso em janeiro de 2006. Em 2001, Rita Lee ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa com “3001”. Ela ainda teria mais cinco indicações ao prêmio, e receberia em 2022 o prêmio de Excelência Musical pelo conjunto da obra. Em 2012, ela anunciou que deixaria de fazer shows por causa da fragilidade física. “Me aposento dos shows, mas da música nunca”, ela escreveu no Twitter. Ao todo foram 40 álbuns, sendo seis dos Mutantes e 34 na carreira solo.
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Jornal da Paraíba

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