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PLENO PODER

Piso da enfermagem: prefeitos da Paraíba apontam distorção e entidade orienta não "mexer no dinheiro"

Publicado em 15/05/2023 às 10:20


                                        
                                            Piso da enfermagem: prefeitos da Paraíba apontam distorção e entidade orienta não "mexer no dinheiro"
Foto: divulgação/Famup

No fim de semana publiquei aqui que o Estado da Paraíba, juntamente com os 223 municípios, irão receber R$ 28 milhões mensalmente para o pagamento do piso da enfermagem. Os recursos serão enviados pelo Ministério da Saúde.

Apesar do montante, a informação não agradou os prefeitos paraibanos.

Eles dizem que há distorções entre as cidades e questionam os valores repassados a cada município. Um dos pontos é que o dinheiro para pagamento do piso teria privilegiado cidades que possuem serviço de alta e média complexidade, em detrimento da atenção básica.

O presidente da Federação dos Municípios da Paraíba (FAMUP), George Coelho, diz que o montante só é suficiente para cobrir um terço dos gastos.

Ele cita o caso da cidade de Cajazeirinhas, no Sertão, que só receberá R$ 12 mil. O município tem, segundo ele, 19 profissionais da enfermagem.

Já a cidade de Pombal, também no Sertão, receberá R$ 198 mil mensais, enquanto Piancó abocanhará R$ 321 mil.

"São essas distorções que o Ministério da Saúde precisa rever e explicar. E outra: o STF não liberou ainda o pagamento do piso", enfatizou George, em entrevista hoje à Rádio CBN.

Diante dos dados, a orientação da Famup aos prefeitos é a de "não mexer no dinheiro". Isso significa não enviar para Câmara de Vereadores o projeto regulamentando o piso. Ou seja: a recomendação da entidade é de não pagar o piso das categorias, por enquanto.

A luta dos profissionais da enfermagem, ao que parece, ainda não terminou. Alguém precisa resolver definitivamente essa questão orçamentária. As categorias merecem ver, um dia, a lei aprovada no Congresso sair do papel.

Imagem ilustrativa da imagem Piso da enfermagem: prefeitos da Paraíba apontam distorção e entidade orienta não "mexer no dinheiro"

João Paulo Medeiros

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