CONVERSA POLÍTICA
Lei que obriga uso 80% de recursos de festas juninas com forró entra no regime de urgência, em Brasília
Além de Ruy Carneiro, Damião Feliciano (União Brasil), Wellington Roberto (PL), Cabo Gilberto (PL), Gervásio Maia (PSB) e Luiz Couto (Pt) votaram a favor da urgência da matéria.
Publicado em 21/06/2023 às 8:31 | Atualizado em 21/06/2023 às 9:06
O regime de urgência do PL 3083/2023, denominado Luiz Gonzaga, foi aprovado no Plenário da Câmara e poderá ser votado nas próximas sessões.
A matéria regulamenta a destinação de recursos para festividades de São João, em todo o território nacional. Ela estabelece a destinação de percentual mínimo de 80% das verbas públicas, que são utilizadas em festas juninas, para artistas ligados ao forró e à cultura regional.
O deputado paraibano Ruy Carneiro (PSC/Podemos) participou da reunião que contou com as presenças de artistas como os cantores Alcimar Monteiro e Santanna, que têm feito protestos contra a diminuição do tempo de forró no São João. E alertando gestores para a preocupação.
Além de Ruy Carneiro, Damião Feliciano (União Brasil), Wellington Roberto (PL), Cabo Gilberto (PL), Gervásio Maia (PSB) e Luiz Couto (Pt) votaram a favor da urgência da matéria.
Nossa preocupação é a mesma trazida pelos artistas. Está ocorrendo uma descaracterização de muitas festas de São João que estão acontecendo pelo Nordeste. Não podemos correr esse risco, muito menos com a utilização do dinheiro público. O que temos que fazer é lutar para preservar o São João, o forró, as comidas típicas, as quadrilhas juninas e a nossa cultura”, defendeu Ruy.
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Quadrilhas Juninas
O parlamentar tem um projeto que quer tornar as quadrilhas juninas como manifestação cultural e patrimônio imaterial do Brasil. Carneiro ressaltou que, além da questão cultural, as quadrilhas também movimentam a economia, geram emprego, renda e reforçam o potencial turístico da região.
Polêmica
A urgência para tramitação do projeto Luiz Gonzaga ganhou força porque, desde o início das festas juninas, o debate sobre a valorização do forró e dos artistas nordestinos foi tema de muitos discursos nos palcos.
Começou em Campina Grande, quando o cantor Flávio José criticou o corte do seu show. A diminuição teria sido para ampliar o espaço do sertanejo Gusttavo Lima. Ligação que foi negada pela empresa que organiza o São João.
Depois a defesa ganhou força nas palavras de Santanna, Solange Almeida, Elba Ramalho, Xand Avião, Targino Gondim.
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