CONVERSA POLÍTICA
Vitor Hugo recusa diálogo com PM e quer força nacional em Cabedelo
Em entrevista à CBN João Pessoa, nesta segunda-feira (28), o prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, voltou a manifestar preocupação com a escalada da violência e anunciou que vai enviar ofício ao Ministério da Justiça.
Publicado em 28/08/2023 às 11:38
O prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, "fechou as portas" de um possível diálogo com a Polícia Militar para viabilizar a realização do desfile cívico de 7 de setembro na cidade. Em entrevista à CBN João Pessoa, nesta segunda-feira (28), o gestor voltou a manifestar preocupação com a escalada da violência e anunciou que vai enviar ofício ao Ministério da Justiça para solicitar a presença das força nacional.
Estamos perdendo controle para as facções e você não vê ninguém sendo preso, ninguém faz nada", declarou, fazendo referência às 10 mortes que teriam acontecido na cidade, atribuídas por ele ao tráfico de drogas.
Uma das preocupações, segundo ele, é com o bairro do Renascer, que teria um perigo iminente por estar "com toque de recolher". "Dizem nos quatros cantos da cidade que é guerra no Renascer e o Centro da cidade. Então, se eu trago duas mil crianças do Renascer, quem vai me dar garantia que não vai ter um atentado lá?", afirmou.
Prefeito e PM divergem
Vitor Hugo anunciou na semana passada, em postagem nas suas redes sociais, que resolveu cancelar o desfile “em acordo com as Forças de Segurança, Polícia Militar e Guarda Municipal”, para preservar a segurança a comunidade escolar.
Logo em seguida, o Conversa Política entrou em contato com a Major Viviane, comandante da Companhia Independente da Polícia Militar de Cabedelo. Ela explicou que enviou um ofício à prefeitura, na última segunda-feira (21), para saber se haveria ou não o evento, “pois precisava das informações para realizar o planejamento”, e não obteve retorno.
A PM também assegurou que tem condições de prover a segurança, se o prefeito decidir realizar o festejo cívico.
O prefeito disse que não sente segurança na promessa do governo e voltou a exigir uma explicação mais conclusiva das forças de segurança sobre as mortes atribuídas à guerra do tráfico na Região Metropolitana de João Pessoa. "O que compete a Major é resolver esse problema da criminalidade. A discricionariedade, quem decide quem vai realizar o evento somos nós", declarou.
Confira a entrevista de Vitor Hugo na íntegra:
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