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ECONOMIA

Investimento estrangeiro recua 71%

PB teve R$ 640,215 mil de recursos aplicados até 31 de março de 2014, contra os mais de R$ 2,244 milhões do ano anterior.

Publicado em 01/08/2014 às 6:00 | Atualizado em 04/03/2024 às 17:26

A Paraíba recebeu menos investimentos de pessoas estrangeiras no primeiro trimestre deste ano. Comparando os meses de janeiro a março com o mesmo período de 2013, a queda chegou a 71,47%. Foram R$ 640,215 mil de recursos aplicados até 31 de março de 2014, contra os mais de R$ 2,244 milhões do ano anterior, uma diferença de R$ 1,6 milhão. Apenas 6 autorizações foram concedidas a estrangeiros na Paraíba segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), todos de países da Europa.

Os imigrantes que chegaram às terras paraibanas de janeiro até março foram oriundos de Portugal (3), Itália (1), Espanha (1) e França (1). O MTE não disponibilizou a quantidade de pessoas de outros países que estiveram no Estado no mesmo período de 2013, apenas divulgou o total do ano passado que chegou a 59 pessoas, uma média de 29 por semestre e 14 no trimestre: elas vieram de Portugal (15), Itália (13), China (10), Reino Unido (5), Espanha (5), França (3) e outros países (8).

De acordo com a psicóloga do trabalho Maria Helena Morais, que atua na área de Recursos Humanos, diferentemente de outros Estados, a Paraíba não tem atrativos fiscais para os estrangeiros que têm disponibilidade de investimento. E a queda deste ano, de acordo com ela, pode ser explicada pela crise da Europa.

“Conheço alguns estrangeiros que vieram para a Paraíba fugindo da crise da Europa, do desemprego que se instalou por lá. Então, se eles já estão passando por dificuldades no país de origem não vão poder investir aqui”, explicou Maria Helena.

Segundo a psicóloga do trabalho, há casos também em que o visitante consegue o visto para trabalhar na Paraíba, mas não se adapta à realidade local e acaba saindo do emprego. “Às vezes eles trazem hábitos de se vestir e comportar de seu país, que não são bem vistos pelas empresas da Paraíba e acaba não dando certo”.

A psicóloga do trabalho afirmou que a maioria dos imigrantes especializados e experientes buscam cargos de gerência, de alto escalão nas indústrias ou grandes empresas do comércio.

“Diferentemente dos brasileiros quando chegam em uma nação estrangeira e aceitam trabalhar em atividades simples, os estrangeiros especializados que vêm à Paraíba geralmente querem começar a atuar no mercado no mesmo patamar em que estavam no seu país. E nem sempre são admitidos e funções de gerência, por exemplo. Já os de menos escolaridade costumam buscar atividade no comércio”, explicou.

Para a consultora de seleção da MRH Gestão de Pessoas de João Pessoa, Anna Carolina Nunes, a oferta por vagas destinadas a trabalhadores estrangeiros de uma forma geral registrou queda na comparação ao ano passado, apesar do fluxo de turistas que vieram a passeio ter aumentado na cidade.

“O estrangeiro enxerga no Brasil uma forma de empregabilidade. Mas a Copa do Mundo reduziu a oferta de vagas em setores como a indústria e comércio este ano. A estimativa é que neste segundo semestre a situação melhore por causa das festas de final de ano”, declarou.

NORDESTE

Comparado ao ranking do Nordeste, a Paraíba ocupou a 7ª posição no volume de investimentos no primeiro trimestre de 2014. Em primeiro lugar vem o Ceará (R$ 13,875 milhões), depois vêm a Bahia (R$ 9,563 milhões), o Rio Grande do Norte (R$ 6,656 milhões), Pernambuco (R$ 943,917 mil), Alagoas (R$ 673,200) e Maranhão (R$ 671,400). Nas últimas duas colocações vêm Piauí e Sergipe com zero de investimentos.

EFEITO COPA PODE TER ATRAPALHADO

O economista Rafael Bernardino afirmou que a redução do ingresso e investimentos de pessoas físicas estrangeiras no primeiro trimestre na Paraíba pode ter sido motivada pelo efeito da Copa do Mundo. Ele lembrou que a maior parte destes recursos foi para a construção civil.

“Os estrangeiros podem ter 'adiado' a viagem para o período da Copa do Mundo. Pelo que se sabe, a maior parte dos investimentos estrangeiros na Paraíba foi direcionada para o setor de construção civil, o qual vem sofrendo os impactos da 'incerteza generalizada', que assola a economia brasileira em função das indefinições atuais da política econômica do governo federal”, declaro Bernardino.

Segundo o economista, investimentos são sempre muito sensíveis ao grau de confiança na economia e este grau, para ele, está muito comprometido no momento. “Além disso, também houve adiamento de investimentos em função de 2014 ser um ano de eleições, o que sempre gera expectativas em função das possíveis mudanças na política econômica dos futuros gestores”.

Rafael Bernardino afirmou ainda que a falta de aplicações sempre gera impacto negativo na economia, porque sem eles não há geração de novos empregos e nem de crescimento de renda. “Não havendo renda, não há renovação de transações comerciais, o que impede a geração de lucros e a economia fica estagnada”, enfocou.

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Jornal da Paraíba

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