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VIDA URBANA

Ipês amarelos passam por exames de ultrassom para verificar doenças

Sedurb e Semam monitoram estado de saúde dos ipês da Lagoa do Parque Solon de Lucena com exames de ultrassom. 

Publicado em 23/01/2013 às 6:00


Os 86 ipês amarelos que compõem a paisagem do Parque Solon de Lucena (Lagoa), em João Pessoa, estão passando por um processo de monitoramento, através de exames de ultrassom, que fazem uma leitura no interior da planta para verificar o estado de saúde e descobrir se ela apresenta alguma doença. A ação que prevê cuidados específicos de conservação das espécies centenárias foi iniciada na manhã de ontem e faz parte do programa anual 'Poda Programada' da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) do município, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente (Semam).

De acordo com o engenheiro agrônomo da Divisão de Paisagismo da Sedurb, Anderson Fontes, no ano passado 300 árvores foram avaliadas, por meio do mesmo projeto, onde apenas quatro delas foram diagnosticadas com um elevado grau de risco de tombamento, onde não mais apresentavam possibilidades de tratamento. “Essas quatro árvores eram da espécie castanhola, que devido à situação apresentada foram retiradas do local e substituídas pela espécie sibipiruna, que são árvores nativas da Mata Atlântica”, afirmou.

Anderson Fontes acrescentou que nas demais 296 árvores foram realizados tratamentos, como podas de limpeza, descupinização, aplicação de fungicida à base de cobre e em alguns casos foi feita ainda a dendrocirurgia para tampar os ferimentos da árvore.

Segundo o engenheiro agrônomo, a ação deste ano também vai avaliar 300 árvores em João Pessoa, no entanto, ele estima que todas elas serão no Parque Solon de Lucena (Lagoa).

“Provavelmente, os 300 exames de ultrassom previstos para este ano serão feitos na Lagoa, devido ao projeto de urbanização da área, já anunciado polo atual prefeito”, declarou.

Conforme detalhou Anderson Fontes, na Lagoa existe um legado ambiental com aproximadamente 932 árvores, distribuídas em uma média de 32 espécies.

Ainda de acordo com Anderson Fontes, as árvores passam inicialmente por um estudo exterior, em que através da avaliação do técnico é possível identificar alguns problemas e em seguida é feito o estudo interno (ultrassom). “Depois de termos a avaliação concluída de cada árvore, iniciaremos os tratamentos específicos em cada uma delas, mas somente após este período de floração”, disse ao acrescentar que o exame de ultrassom dura apenas cinco minutos, “a demora maior é na instalação do equipamento”.

Anderson Fontes informou que as árvores mais antigas estão localizadas na região central da cidade, principalmente nas avenidas Getúlio Vargas, Tabajara, Eurípedes Tavares, Epitácio Pessoa, Maximiniano Figueiredo, João Machado, Monsenhor Walfredo Leal e Odon Bezerra, além do Parque Solon de Lucena (Lagoa) e da Praça da Independência. Para concluir, ele fez um alerta à população.

“Queremos reforçar a atenção daqueles que usam as sombras das árvores da Lagoa para descansar, estudar, entre outras atividades, para que também as preservem, pois muitas delas apresentam grandes feridas no tronco, além de outras agressões promovidas pela própria população. Um exemplo dessa interferência humana são os sinais de fogo que encontramos próximo à raiz de algumas delas”, destacou.

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Jornal da Paraíba

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