O governador Ricardo Coutinho (PSB) assinou na manhã de segunda-feira (4) a ordem de serviço para implantação da primeira etapa do Parque Linear Parahyba, em João Pessoa. O obra, orçada em R$ 2,9 milhões, vai urbanizar as áreas marginais aos dois canais do rio Paraíba, que cortam os bairros Aeroclube, Jardim Oceania e Bessa. Pelo discurso dos socialistas, a questão dos parques devem ser um das plataformas para os embates eleitorais na campanha para a prefeito da capital.
Coutinho criticou o fato do governo do Estado ter que assumir uma obra que é competência da gestão municipal. “Eu sonho com um futuro em outro momento, outra concepção, que a prefeitura assuma sua parte. O Estado está fazendo aqui que é responsabilidade da prefeitura”, declarou, se referindo ao desejo de eleger a ex-secretária de desenvolvimento Cida Ramos prefeita da capital.
O governador lembrou que fez o projeto para o Parque em 2010, quando ainda era prefeito de João Pessoa.
Com a urbanização, o local irá ganhar ciclovias, academia de ginástica, estacionamento, áreas de convivência, quadras esportivas e playground, entre outros benefícios.
O governo do estado pretende entregar toda obra até dezembro deste ano, mas para mirar os holofotes sobre a obra, Coutinho disse que deve ir liberando os espaços à medida em que forem concluídos. “Temos recursos assegurados em caixa. Não iria pagar o mico de deixar obra parada como outros fazem”, alfinetou.
A obra que será iniciada, no entanto, é apenas uma etapa do Parque Linear Parahyba. A segunda fase só deve ser liberada após um imbróglio entre a prefeitura de João Pessoa e o Aeroclube da capital na Justiça. O trecho abrange as imediações do Aeroclube, o trecho do canal nas proximidades da BR-230 e uma área no Bessa, no final da Avenida Campos Sales.
Parque na Justiça
Em março de 2011, o então prefeito de JP, Luciano Agra, e a ex-secretária de Planejamento, Estela Bezerra, participaram de uma audiência pública no Bessa, para discutir e apresentar o projeto do Parque Parahyba. Os moradores ficaram empolgados com a ideia, mas ela não saiu do papel, até que em 2012 a Prefeitura emitiu um decreto de desapropriação, já com um projeto para a urbanização do local.
O decreto, entretanto, foi anulado pela 3ª Vara da Justiça Federal na Paraíba. Atualmente, o processo se encontra no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que julga recursos interpostos pelos proprietários do espaço.
Comentários