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COTIDIANO

Justiça mantém investigação contra empresa paraibana Vai de Bet e o cantor Gusttavo Lima

MPE pediu encerramento do processo, mas Justiça negou arquivamento de investigação sobre lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Publicado em 05/12/2024 às 9:04 | Atualizado em 05/12/2024 às 10:03


				
					Justiça  mantém investigação contra empresa paraibana Vai de Bet e o cantor Gusttavo Lima
Justiça nega arquivamento de investigação sobre lavagem de dinheiro e investigação criminosa relacionada a Gusttavo Lima e aos empresários paraibanos donos da Vai de Bet. Reprodução/Redes Sociais

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou o pedido de arquivamento parcial da Operação Integration, que investiga possíveis esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo sites de apostas. A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, determinou nesta quarta-feira (4) que o inquérito seja encaminhado para o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Marcos Antônio Matos de Carvalho.

A investigação envolve o cantor Gusttavo Lima, indiciado em setembro pela Polícia Civil de Pernambuco. Ele é acusado de negociar uma aeronave modelo Cessna Aircraft 560XLS com a HSF Entretenimento e Promoção de Eventos, dona da plataforma Esportes da Sorte, e posteriormente vendê-la ao proprietário da Vai de Bet, uma casa de apostas sediada em Campina Grande.

Em sua decisão, a juíza apontou que a relação de Gusttavo Lima com os donos da Vai de Bet representa “um indicativo claro de possível envolvimento em práticas ilícitas”. Além disso, destacou que o cantor adquiriu 25% das ações da empresa, que tem ligação com apostas ilegais, o que indica fortemente a continuidade da prática de lavagem de dinheiro.

A juíza também mencionou “a complexidade das transações, as coincidências de datas, os valores envolvidos e as conexões entre as partes” como razões para o prosseguimento

Dessa forma, o pedido de arquivamento feito pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) foi recusado, e o material da apuração seguirá para análise do procurador-geral de Justiça.

Posicionamento do Ministério Público

O MPPE havia solicitado o arquivamento parcial da investigação envolvendo Gusttavo Lima e os sócios da Vai de Bet, alegando ausência de provas de que as operações financeiras fossem provenientes de atividades ilícitas.

No relatório final da Polícia Civil, José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha, paraibanos donos da empresa, foram apontados como responsáveis por ocultar valores de origem suspeita por meio de compras de artigos de luxo.


				
					Justiça  mantém investigação contra empresa paraibana Vai de Bet e o cantor Gusttavo Lima
Dono e co-ceo da VaideBet, André e Aislla Rocha, ao lado do casal Gusttavo Lima e Andressa Suíte em festa na Grécia. Reprodução/Redes Sociais

Ainda assim, o MPPE afirmou que não há elementos que conectem essas movimentações a crimes específicos, como lavagem de dinheiro proveniente de apostas ilegais ou relação direta com Darwin Filho, proprietário da Esportes da Sorte e também investigado na operação.

A defesa de Gusttavo Lima reiterou que o pedido de arquivamento ainda não foi analisado de forma definitiva. Em nota ao g1 sobre a continuidade das investigações, afirmou que “permanece confiante de que a inocência do artista será devidamente comprovada” e destacou que “a devolução do processo ao Ministério Público não configura decisão final”.

A defesa de José André e Aislla Rocha informou que a decisão da juíza Andrea Calado vai na contramão do entendimento pelo arquivamento não só de um promotor de Justiça, mas de seis promotores do GAECO que acompanham o caso.

O que é a Operação Integration?

A Operação Integration, deflagrada em setembro deste ano, é uma iniciativa da Polícia Civil de Pernambuco, com apoio de outros estados, para desarticular uma organização criminosa suspeita de movimentar R$ 3 bilhões em atividades ilegais nos últimos quatro anos.

A ação envolveu 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em cidades como Recife (PE), Campina Grande (PB), Curitiba (PR) e Barueri (SP). Durante a operação, foram bloqueados R$ 2,1 bilhões em bens, e várias medidas cautelares, como suspensão de registros de arma de fogo e bloqueio de passaportes, foram adotadas contra os investigados.

Além de Gusttavo Lima, outros nomes conhecidos estão na mira das investigações, como a influenciadora Deolane Bezerra. Empresas ligadas a apostas esportivas, como Esportes da Sorte e Vai de Bet, também foram alvos, com suspeitas de uso dessas plataformas para lavagem de dinheiro.

A Operação segue como uma das maiores iniciativas no combate a práticas ilegais envolvendo o setor de apostas online e deve ter novos desdobramentos nos próximos meses.

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Jornal da Paraíba

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