EDUCAÇÃO
Professores da UFPB entram em greve na próxima quinta-feira
Decisão foi tomada em assembleia realizada na manhã de hoje com objetivo de pressionar o governo por reajuste de 27,3%. Greve deixa 38 mil alunos sem aulas.
Publicado em 27/05/2015 às 14:07
Os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) decidiram, em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (27), deflagrar greve na instituição por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (28). A reunião, realizada no campus I, em João Pessoa, seguiu a tendência das assembleias realizadas nesta terça (26) nos campi de Bananeiras e Areia. A Coordenação de Escolaridade (Codesc) da instituição informou que 38 mil alunos devem ficar sem aulas.
Na assembleia do campus I, 277 professores foram a favor do movimento e 215 contra; somando a votação de todos os campi, o resultado fica 346 votos a favor da greve e 238 contrários. De acordo com ao Sindicato dos Docentes da UFPB (Aduf-PB), 2650 professores ativos devem parar as atividades. A greve terá duração indeterminada.
Segundo o sindicato, o comando de greve - que irá nortear o movimento e definir a agenda de mobilizações - já começou a ser formado no fim da assembleia. A Aduf-PB informou que o movimento grevista está abrangendo todos os servidores federais do país; de acordo com o sindicato, reuniões do Fórum dos Servidores com o Ministério do Planejamento e do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes-SN) com o Ministério da Educação não apresentaram avanços.
Reajuste salarial é principal reivindicação
Os professores e demais categorias de servidores públicos reividicam reajuste de 27,3% - segundo a Aduf/PB, 24,3% representam o acumulado do déficit da inflação e 3% de aumento real - e data-base em 1º de maio.
"Além disso, os servidores requerem a rejeição do PL 4330, da terceirização; o combate às MPs 664 e 665, que promovem alterações negativas em benefícios trabalhistas como auxílio-doença e seguro-desemprego; e melhores condições de trabalho", explicou Marcelo Sitcovsky, tesoureiro da Aduf-PB.
UFCG não aderiu ao movimento
Nesta segunda-feira (25), os professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) decidiram não aderir ao movimento. A decisão foi tomada por apenas quatro votos de diferença - foram 178 votos contrários e 174 a favor.
Na ocasião, o reitor da UFCG, Edílson Amorim, declarou que a decisão foi acertada. "Se o resultado fosse favorável, a greve seria uma decisão inoportuna. O Brasil vem passando por momentos difíceis e é preciso levar isso em consideração", afirmou.
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