VIDA URBANA
Professores da rede particular têm reajuste de 6,75% no piso salarial
Na terceira rodada de negociações, realizada na quinta-feira (29), professores e donos de escolas da rede particular de ensino no Estado fecharam acordo e a greve foi descartada.
Publicado em 30/04/2010 às 8:39
Luzia Santos
Do Jornal da Paraíba
Na terceira rodada de negociações, realizada na quinta-feira (29), professores e donos de escolas da rede particular de ensino no Estado fecharam acordo e a greve foi descartada. Durante a mesa de negociações ficou acertado um reajuste de 6,75% para quem ganha o piso salarial, elevando o vencimento básico de R$ 498,00 para R$ 530,00. Quem recebe acima do piso terá direito a reajuste de 6,3%, neste caso, a tabela com valores dos novos salários será divulgada nesta sexta-feira (30).
O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado da Paraíba (Sinteenp-PB), Avenzoar Arruda, ressaltou que a campanha salarial foi satisfatória por evitar perdas financeiras. “Conseguimos garantir um reajuste acima da inflação dos últimos 12 meses que foi de 5,7%. O percentual de reajuste alcançado durante as negociações está abaixo do que reivindicamos, mas conseguimos evitar perdas salariais”, avaliou.
O reajuste atingirá os professores e funcionários de escolas da Paraíba, exceto as localizadas em Campina Grande que têm representação sindical diferenciada. As negociações realizadas na capital se prolongaram das 9h30 ate as 14h30.
Além das discussões salariais, ontem, professores e funcionários da rede particular pararam as atividades por 24h. A ação integra o calendário escolar estabelecido na Convenção Coletiva dos professores particulares. A suspensão deixou cerca de 100 mil alunos de 700 estabelecimentos sem aulas.
Em CG, docentes paralisam atividades
O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Privados da Paraíba (Sinteemp) realiza hoje, a partir das 10h, na Delegacia Regional do Trabalho, uma reunião junto com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado de Campina Grande (Sinepec), para definir o percentual de aumento anual do salário dos professores. Com isso, cerca de 15 mil alunos da rede privada de Campina Grande, que estudam em 250 estabelecimentos, incluindo as faculdades, ficarão sem aula na cidade hoje.
A categoria quer um reajuste de 9,86%, mas recebeu na última reunião uma contraproposta do Sinepec de 5,33%. O assunto voltará hoje à pauta e segundo o presidente do Sinteemp, professor Geraldo Mota, um percentual mais baixo, o qual não foi divulgado, será apresentado. Caso as negociações não evoluam, os professores podem emitir um indicativo de greve a partir do dia 7 de maio, data-base para a concessão do reajuste anual, definida em assembleia.
Além da questão salarial, o presidente do sindicato dos trabalhadores diz que outras reivindicações serão tratadas na mesa de negociações de hoje.
“Vamos solicitar que as férias coletivas do meio do ano sejam transferidas integralmente para o mês de julho, a manutenção da gratuidade das mensalidades dos filhos dos professores e o pagamento da ascensão de 7% para quem tem especialização, 11% para quem tem mestrado e 15% para quem possui o título de doutor”, disse.
Para o professor Paulo Loureiro, presidente do Siteemp, a relação com os professores sempre foi amistosa, por isso ele espera que uma decisão que contemple as duas partes envolvidas na questão seja acordada. O professor não revelou se apresentaria um valor maior que o oferecido na última reunião. (Alberto Simplício)
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