ESPORTES
Impasse das Séries C e D segue sem solução
Presidente da CBF pressiona clubes rebeldes e dá prazo até a segunda-feira (18) para que ações sejam retiradas da justiça comum.
Publicado em 15/06/2012 às 6:00
Após pouco mais de duas horas de reunião na CBF, os cinco clubes envolvidos nos imbróglios judiciais que paralisaram as séries C e D do Brasileiro no dia 23 de maio saíram da entidade sem uma solução nas mãos e com um novo encontro marcado para buscar uma alternativa para iniciar os campeonatos, que deveriam ter começado em 26 e 27 de maio.
Na próxima segunda-feira, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), os representantes se reunirão mais uma vez depois de ouvirem os argumentos da confederação. Apesar do tom conciliador da conversa, foi dado um ultimato. A partir de segunda, sem acerto, o tribunal desportivo e a entidade passarão a tomar todas as medidas que permitam iniciar os torneios, o que pode significar punições, e até desfiliação, dessas instituições.
O diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, também participou do encontro. O escolhido para mediar a nova tentativa de acordo foi o procurador-geral do STJD, Paulo Schmidt. Ele defendeu a autonomia da Justiça desportiva.
“O Marín fez um apelo para que haja o máximo de compromisso de todos os envolvidos no sentido de acatar as decisões da Justiça desportiva. Nunca vai agradar a todos, clubes perdem pontos, são punidos, e assim a banda toca”, sugeriu.
Schmidt deixou claro que, sem consenso na segunda-feira, o tom da conversa não deverá ser tão ameno. “Se não houver acordo, vamos tomar todas as medidas cabíveis no sentido de denunciar as infrações disciplinares, como descumprimento de regulamento.
Não queremos brigar, queremos resolver. Exclusão, multas, afastamento de clubes e dirigentes, todos sabem as normas que existem, mas não quero falar em punições, mas sim em acordo”, disse. O procurador não descartou a possibilidade de as séries C e D não acontecerem.
“Senti muita boa vontade de todos. Mas essa chance existe por conta desses entraves judiciais. Mesmo que se chegue a um resultado, com o passar do tempo isso se torna irreversível. São os clubes que chegarão à CBF e dirão que não têm mais condições de disputar neste ano.
O representante do Santo André, por sua vez, comentou o ultimato de Marín. O presidente da CBF avisou que, se não houver uma solução na segunda-feira, não receberá mais nenhum dos clubes para conversar sobre este tema.
“Aí as decisões serão tomadas pela Justiça comum, Justiça desportiva e Fifa. Todos estão alertados sobre a legislação da Fifa (que prevê até exclusão de dois anos a filiados que acionarem a Justiça comum). O presidente fez um apelo”, avisou.
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