POLÍTICA
Exposição polêmica: Eliza quer fim do contrato da ALPB com Santander
Tucana ficou incomodada com exposição Queermuseu, patrocinada pelo banco.
Publicado em 14/09/2017 às 13:26
A deputada Eliza Virgínia (PSDB), que tem bases evangélicas, disse nesta quinta-feira (14) que está finalizando um requerimento para apresentar na próxima semana no qual solicita que a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) encerre contrato com o banco Santander. A tucana ficou incomodada com o apoio do banco à exposição Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, realizada no Santander Cultural, em Porto Alegre.
O banco Santander tem contrato com a Assembleia Legislativa para para prestação dos serviços de pagamento da folha de salário dos seus servidores ativos desde 2013. O pedido de Eliza Virgínia é para boicotar a instituição bancária.
Segundo ela, a iniciativa faz parte de um movimento iniciado para tentar reduzir o número de clientes do banco em resposta à insatisfação com a mostra. “Estou engrossando a campanha para que ele entre em falência e vou sugerir que façamos nossa parte encerrando o contrato da Assembleia com este banco”, reagiu.
Um dos questionamentos da tucana é que o Santander recebe dinheiro público, através da Lei Rounet, e, por isso, deveria investir apenas em arte que não ofendesse a família ou trouxesse conotação para crimes como a pedofilia e blasfêmia.
Diferentemente da leitura da deputada, promotores do Rio Grande do Sul que visitaram a exposição não viram nenhuma promoção à pedofilia nas obras. “Fomos examinar in loco, ver realmente quais obras que teriam conteúdo de pedofilia. Verificamos as obras e não há pedofilia. O que existe são algumas imagens que podem caracterizar cenas de sexo explícito. Do ponto de vista criminal, não vi nada", afirmou o promotor da Infância e da Juventude de Porto Alegre, Julio Almeida., em entrevista ao portal G1.
A exposição Queermuseu sobre a diversidade de expressão de gênero reúne mais de 270 obras, de 90 artistas plásticos. Algumas imagens foram consideradas ofensiva por grupos evangélicos e de movimentos conservadores que classficaram o conteúdo como "incentivo à pedofilia, zoofilia e contra os bons costumes”. A exposição estava prevista para seguir até o dia 8 de outubro, mas foi encerrada no último domingo (10).
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