Ano de reformas na PB

O governador Ricardo Coutinho assinou ontem pela manhã, em João Pessoa, as ordens de serviço para a reforma e ampliação de equipamentos culturais do estado.

Entre os espaços beneficiados estão os dispositivos da Fundação Espaço Cultural (Funesc), como o Espaço José Lins do Rego e o Teatro Santa Roza, em João Pessoa; o Cine São José, em Campina Grande; e o Teatro Íracles Pires, em Cajazeiras.

A solenidade que celebrou a assinatura dos documentos para as reformas, que autorizam um investimento de cerca de R$ 25 milhões por parte do Governo do Estado, foi realizada no salão nobre do Palácio da Redenção (Centro), com a presença de representantes do governo, da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), da Funesc, das prefeituras de Campina Grande e Cajazeiras e do movimento cultural paraibano.

Segundo Ricardo Coutinho, a ação revela a prioridade do governo em valorizar as obras já existentes antes de pensar na criação de novos dispositivos: "O Espaço Cultural José Lins do Rego, por exemplo, estava praticamente inviabilizado, pondo em risco toda a sua estrutura construída há 30 anos", disse o governador, que destacou a importância da sede da Funesc como ponto de convergência da cidade de João Pessoa e produtor de cultura.

O Espaço Cultural, para onde será destinada a maior parte do investimento (cerca de R$ 19 milhões), terá seus três teatros (Teatro Paulo Pontes, Cine-Teatro Banguê e Teatro de Arena) reformados e passará por uma reestruturação de suas escolas de música e dança, auditórios cobertura, banheiros, estacionamento e Estação Ciência.

"As poltronas dos teatros (Paulo Pontes e Cine-Teatro Banguê) estavam colocando em risco a saúde dos usuários, e quem tinha acesso aos bastidores sabia das gambiarras de fios que havia por ali", ressaltou Ricardo Coutinho, que não escondeu os problemas de manutenção do Espaço Cultural.

As obras, segundo ele, começam de imediato e não irão inviabilizar o funcionamento parcial do Espaço Cultural, que poderá dar continuidade a parte de sua programação. "Poucos prédios com a idade do Espaço Cultural estariam atualmente em condições de uso sem ter passado por uma grande reforma", lembrou Coutinho, que informou que será a primeira intervenção do gênero no prédio construído em 1982, no governo de Tarcísio Burity (1938-2003), concebido pelo arquiteto Sérgio Bernardes (o mesmo do Hotel Tambaú).

A reforma do Teatro Santa Roza, para a qual foi direcionado o montante de cerca de R$ 700 mil, irá respeitar, nas palavras de Ricardo Coutinho, "a delicadeza da estrutura tombada" de um teatro "que é essencial, não apenas pelo que representa de cimento e concreto, mas pelo que produz de identidade cultural".

NO INTERIOR
A reforma do Teatro Íracles Pires (Íracles Pires), em Cajazeiras, que contará com recursos da ordem de R$ 2,5 milhões, atenderá, segundo o governador, o objetivo de criar o "maior teatro do sertão paraibano", um equipamento cultural que "faça jus ao que hoje representa a cultura de Cajazeiras para a região".

De acordo com os dados divulgados pelo Governo do Estado, a capacidade do ICA saltará, depois da reforma, de 180 para mais de 250 lugares.

Campina Grande ficou com a fatia de R$ 2,3 milhões do valor disponibilizado pelo governo para as reformas. "Campina Grande ainda não tinha um equipamento cultural do Governo do Estado", afirmou Ricardo Coutinho. "Quando olhamos para o Cine São José, dissemos: vai ser este", concluiu.