COTIDIANO
Polícia ouve 45 pessoas em inquérito de mutirão oftalmológico com complicações em Campina Grande
Caso aconteceu em 15 de maio, no Hospital de Clínicas de Campina Grande. 64 pessoas foram atendidas e pelo menos 29 delas relataram complicações.
Publicado em 16/07/2025 às 8:10

A Polícia Civil da Paraíba divulgou, nesta quarta-feira (16), que já ouviu 45 pessoas no inquérito que foi instaurado para apurar denúncias sobre um mutirão oftalmológico que causou complicações a pacientes no Hospital de Clínicas de Campina Grande, em caso que aconteceu em 15 de maio.
O mutirão oftalmológico, que foi promovido em 15 de maio por meio de uma parceria entre a Secretaria de Saúde da Paraíba (SES-PB) e a Fundação Rubens Dutra, atendeu 64 pessoas. No entanto, pelo menos 29 destes pacientes que participaram do mutirão relataram complicações após os procedimentos, sete precisaram passar por cirurgia, e alguns pacientes chegaram a relatar perda de visão.
Segundo a Polícia Civil, mais pessoas serão ouvidas e o processo de coleta dos depoimentos está enfrentando dificuldades porque alguns pacientes possuem idade avançada e moram em cidades distantes de Campina Grande.
A Polícia Civil não detalhou o que foi informado pelos envolvidos nos depoimentos.

Entenda o caso
De acordo com as denúncias, que começaram a ser veiculadas no dia 19 de maio, já no fim de semana seguinte ao mutirão, diversos pacientes procuraram atendimento em outras unidades de saúde relatando dores intensas e sinais de infecção ocular.
Segundo a SES-PB, 64 pessoas foram atendidas na ação, realizada por meio de um contrato entre a secretaria e a Fundação Rubens Dutra Segundo. Parte dos medicamentos usados no mutirão oftalmológico que aconteceu no Hospital de Clínicas estava vencida, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Ao menos 6 dos 30 frascos da medicação utilizada estavam vencidos e abertos.
A Fundação Rubens Dutra, por sua vez, nega o uso de medicamentos vencidos e afirma que, desde que tomou conhecimento da situação, iniciou um processo de busca ativa pelos pacientes que apresentaram sintomas.
O diretor do Hospital de Clínicas registrou um boletim de ocorrência após o início da repercussão do episódio. A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) também instaurou uma investigação.
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