POLÍTICA
Moraes proíbe Bolsonaro de falar com quase 200 pessoas; lista inclui ex-assessor paraibano
Decisão inclui aliados próximos e diplomatas; Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro, está entre os proibidos de contato.
Publicado em 21/07/2025 às 17:06 | Atualizado em 21/07/2025 às 17:44

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) converse com quase 200 pessoas, incluindo paraibano Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor especial da Presidência.
A informação sobre o paraibano foi publicada inicialmente pelo portal Metrópoles.
A decisão abrange pessoas investigadas no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A medida cautelar foi determinada na mesma decisão em que Moraes impôs uma série de restrições a Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
Bolsonaro também está proibido de se comunicar, direta ou indiretamente, com os alvos das investigações, deve manter distância de pelo menos 200 metros de qualquer embaixada e permanecer em recolhimento domiciliar das 19h às 6h nos dias úteis e em tempo integral aos fins de semana e feriados.
A decisão inclui investigados em ações penais no STF, alvos de inquéritos em andamento e todos os 132 embaixadores estrangeiros que estavam em Brasília no período investigado.
O objetivo é impedir qualquer tipo de articulação que possa interferir nas apurações.
O paraibano
Natural de Campina Grande, Tércio atuava nas redes em prol de Bolsonaro antes mesmo de Jair se tornar presidente. No governo, teve forte influência na comunicação digital do então presidente.
Tércio Arnaud já havia sido alvo de medidas cautelares anteriores, que foram revogadas por Moraes em março deste ano.
Ele foi investigado por integrar um suposto "gabinete do ódio" nas redes sociais.
Com a nova decisão, volta a estar no grupo de pessoas com as quais Bolsonaro está proibido de manter contato.
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