VIDA URBANA
Paralisação dos professores deixa 500 mil alunos da rede estadual sem aula
Professores e funcionários da Educação suspenderam as atividades para pressionar o Governo a pagar piso salarial nacional à categoria.
Publicado em 23/02/2010 às 8:46
Natália Xavier
Do Jornal da Paraíba
Cerca de 500 mil alunos matriculados na rede estadual de ensino ficarão sem aulas nesta terça-feira (23). Os professores e funcionários da Educação suspenderam as atividades como forma de pressionar o Governo do Estado a pagar o piso salarial nacional à categoria, que em 2010 ficou estabelecido em R$ 1.024,67, para 40 horas semanais.
Segundo o secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB), Edvaldo Faustino, o salário dos professores deveria ter sido reajustado desde o mês de janeiro, mas ainda não teria sido.
De acordo com Edvaldo Faustino, hoje aproximadamente 40 mil trabalhadores da Educação cruzam os braços. “Queremos que o Governo do Estado cumpra o que diz a lei. No mês de janeiro o MEC (Ministério da Educação) estabeleceu um reajuste de 7,82%, mas até agora nós não recebemos o repasse”, destacou.
Às 15h, os professores realizarão mobilizações em frente às 12 Regionais de Ensino em todo o Estado. “Em João Pessoa, nos concentraremos na sede do Sintep, a partir das 14h. Em todo o Estado os professores vão realizar manifestações em frente às Regionais de Ensino”, afirmou o secretário de Comunicação do Sintep.
De acordo com a direção do sindicato dos professores, caso as reivindicações não sejam atendidas até sexta-feira, a categoria deverá entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira. “Se nada for resolvido, realizaremos uma assembleia na sexta-feira e deveremos entrar em greve já na segunda-feira”, alertou Edvaldo.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou contato com o secretário da Educação e Cultura do Estado, Sales Gaudêncio, mas não obteve retorno aos vários telefonemas realizados até o fechamento desta edição. Também cantatamos a secretária Executiva da Educação e Cultura do Estado, Emília Freire, mas ela explicou que não está acompanhando a questão da paralisação dos professores e que apenas o secretário poderia falar sobre o assunto.
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