CONVERSA POLÍTICA
MP investiga plantões fantasmas e fraude na frequência no Hospital Metropolitano de Santa Rita
Inquérito civil público foi aberta pelo 40º promotor de Justiça Alexandre Jorge do Amaral Nóbrega.
Publicado em 02/10/2025 às 12:18 | Atualizado em 03/10/2025 às 11:36

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu um inquérito civil público para apurar denúncias de irregularidades na gestão do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita.
De acordo com o despacho assinado pelo 40º promotor de Justiça Alexandre Jorge do Amaral Nóbrega, chegaram ao órgão denúncias anônimas que apontam para um suposto esquema de recebimento de valores indevidos por plantões extras não realizados.
Há também indícios de falsificação nos registros de frequência de servidores, com a conivência da direção da unidade.
O Hospital Metropolitano é administrado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), vinculada ao Governo do Estado. O inquérito busca esclarecer as circunstâncias e coletar elementos que possam comprovar ou descartar as práticas ilícitas.
Reposta da PB Saúde
Ao Conversa Política, a direção da PB Saúde e a administração do hospital afirmaram que já foi feita uma análise detalhada da documentação referente aos últimos 12 meses, incluindo folhas de ponto, escalas e fichas financeiras dos profissionais de radiologia.
De acordo com a instituição, os registros demonstram que não foram identificadas irregularidades no cumprimento das jornadas de trabalho nem nos pagamentos efetuados.
O único ponto ainda em finalização, segundo a nota, é a formalização das justificativas dos plantões extras, que já são previamente autorizados pela coordenação e registrados manualmente.
Esse material, acrescenta a fundação, será encaminhado aos órgãos competentes “de forma transparente e dentro do compromisso da instituição com a verdade e a lisura administrativa”.
Confira a nota na íntegra:
NOTA
A direção da Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), em conjunto com a direção do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, esclarece que, diante das recentes alegações sobre possíveis irregularidades no pagamento de horas extras a profissionais da área de radiologia, foi realizada a análise detalhada de toda a documentação referente ao caso.
Foram reunidas folhas de ponto, escalas e fichas financeiras referentes aos últimos 12 meses, demonstrando a regularidade das jornadas de trabalho e dos plantões extras realizados. Os registros comprovam que não foram identificadas irregularidades no cumprimento das jornadas nem nos pagamentos efetuados.
O único documento ainda em finalização é a formalização das justificativas dos plantões extras, que já são autorizados previamente pela coordenação e registrados manualmente. Esse material será encaminhado às instâncias competentes, de forma transparente e dentro do compromisso da instituição com a verdade e a lisura administrativa.
A Fundação Paraibana de Gestão em Saúde reitera seu respeito aos órgãos de controle e reforça sua total disposição em colaborar integralmente para o esclarecimento de quaisquer questionamentos, reafirmando a seriedade e o rigor do sistema de registro eletrônico de ponto e da gestão de escalas em todas as unidades que administra.
Diante do exposto, a Fundação Paraibana de Gestão em Saúde reitera sua total confiança na atuação imparcial e técnica do Ministério Público da Paraíba. Acreditamos firmemente que, após a análise completa e aprofundada de todos os elementos fáticos e jurídicos da presente notícia.
João Pessoa, 3 de outubro de 2025

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