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COTIDIANO

Pesquisadores da UEPB criam forma rápida para identificar metanol em bebidas

Brasi registra mais de 100 notificações relacionadas à intoxicação por metanol. Paraíba não tem casos.

Publicado em 04/10/2025 às 6:54 | Atualizado em 04/10/2025 às 8:07


				
					Pesquisadores da UEPB criam forma rápida para identificar metanol em bebidas
Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, desenvolveram uma forma rápida de identificar a adulteração em bebidas.. Divulgação/Secom

Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, desenvolveram uma forma rápida de identificar a adulteração em bebidas alcoólicas com metanol. O Brasi registra mais de 100 notificações relacionadas à intoxicação por metanol, de acordo com o Ministério da Saúde. Nenhum caso foi registrado na Paraíba até o momento.

De acordo com o professor responsável pelas pesquisas na universidade, David Fernandes, os estudos aconteciam antes dos casos de intoxicação por metanol, mas com intuito voltado para avaliar a qualidade de destilados produzidos no interior da Paraíba, como cachaças, por exemplo.

Com o surgimento do problema de intoxicação por metanol, que ainda não existe uma causa clara, os pesquisadores adicionaram ao programa formas de descobrir a adulteração.

“Com esse estudo, a gente conseguiu obter uma classificação na identificação de cachaças que poderiam estar adulteradas com metanol, com outros constituintes que são participantes da destilação, como álcool superior, e tivemos uma taxa de classificação de 97%. É um resultado rápido e de baixo custo”, ressaltou.

Bebidas destiladas são bebidas alcoólicas que passam por um processo de destilação, após a fermentação, para aumentar a concentração de álcool e remover impurezas.

O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos, é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal.

De acordo com o professor, o processo para auferir a contaminação por metanol é utilizado um equipamento que emite luz infravermelha na garrafa da bebida, que pode estar lacrada. Essa luz provoca uma agitação nas moléculas do líquido e um software recolhe os dados, interpreta as informações e identifica qualquer substância que não faz parte da composição original.


				
					Pesquisadores da UEPB criam forma rápida para identificar metanol em bebidas
Reprodução/TV Globo

“Essa metodologia foi capaz de, além de identificar se a cachaça estava adulterada com compostos que são característicos da própria produção, que são álcool superiores, metanol, ou se foi alguma alteração fraudulenta como água ou algum outro composto”, disse.

O método não utiliza produtos químicos e já em 2025 os pesquisadores publicaram dois artigos sobre a pesquisa na Revista Food Chemistry, uma das principais dedicadas à química e bioquímica dos alimentos no mundo.

Esse equipamento pode ser utilizado por órgãos controladores em meio às fiscalizações não somente acerca do metanol em bebidas destiladas, mas também em fiscalizações de rotina. Dentro dessa inovação, os pesquisadores também trabalham para desenvolver um canudo que muda de cor para mostrar a adulteração.

“Isso vai fazer com que usuário também tenha uma segurança de quando eu estiver consumindo a bebida, de que bebida não tem o teor de metanol”, explicou.

Ainda não há previsão para o desenvolvimento desse canudo. Na Paraíba, não há casos informados de intoxicação por metanol em bebidas.

Imagem

Jornal da Paraíba

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