SAÚDE
Intoxicação por metanol: Saúde orienta profissionais a notificação imediata e medidas preventivas
Situação epidemiológica atual registrou casos em Pernambuco e São Paulo. Substância é altamente tóxica e pode levar à morte.
Publicado em 02/10/2025 às 9:18

A Secretaria de Estado da Saúde emitiu um alerta epidemiológico aos profissionais da área sobre a intoxicação por metanol. Casos de contaminação após ingestão de bebidas alcoólicas no estado de São Paulo, revelados no fim de semana, têm preocupado especialistas de saúde e são investigados pela polícia. A substância é altamente tóxica e pode levar à morte.
O alerta epidemiológico foi assinado pela Gerência Executiva de Vigilância em Saúde e pelo Centro de Informações Estratéficas em Vigilância em Saúde. O objetivo é reforçar a notificação imediata e compulsória desses casos, ressaltar a importância da vigilância ativa e adoção de medidas preventivas no território da Paraíba.
O metanol é uma substância altamente tóxica, cuja ingestão pode provocar náuseas, vômitos, dor abdominal, visão turva, cegueira irreversível, convulsões, coma e óbito. Muitos casos estão relacionados ao consumo de bebidas adulteradas ou de origem clandestina.
A situação epidemiológica atual registrou casos em Pernambuco e São Paulo. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio da Apevisa, notificou três casos suspeitos de intoxicação por metanol, ocorridos em residentes dos municípios de Lajedo e João Alfredo. Desses, dois evoluíram para óbito e um apresentou sequelas graves, com perda visual bilateral. Os casos permanecem em investigação epidemiológica, clínica e
laboratorial, com acompanhamento das autoridades de saúde estaduais e nacionais.
São Paulo reportou até o momento seis casos confirmados e dez em investigação, incluindo três óbitos associados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O evento foi classificado como de alta gravidade e caráter inusitado, exigindo reforço imediato da vigilância toxicológica e epidemiológica.
Característica de um caso suspeito de metanol
Indivíduo que, após ingestão de bebida alcoólica suspeita ou exposição ocupacional/doméstica, apresente:
- Sintomas gastrointestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal);
- Alterações visuais (embaçamento, cegueira súbita);
- Sinais neurológicos (cefaleia intensa, tontura, convulsão, coma);
- Acidose metabólica inexplicada em exames laboratoriais.
Quais as recomendações aos profissionais de saúde?
- Manter vigilância ativa para pacientes com sintomas compatíveis.
- Investigar a procedência de bebidas alcoólicas relatadas pelo paciente.
- Realizar notificação imediata de todos os casos suspeitos.
- Iniciar tratamento de suporte precoce, conforme protocolos clínicos, incluindo o uso de antídotos quando disponíveis.
- Orientar a população sobre os riscos do consumo de bebidas de origem duvidosa.
- Priorizar a articulação com as vigilâncias epidemiológica e sanitária para contenção de novos casos
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