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COTIDIANO

Paraibano de 25 anos morre em combate na guerra da Ucrânia

Embaixada da Ucrânia e Itamaraty afirmam que voluntários chegam ao confronto por iniciativa própria.

Publicado em 08/10/2025 às 17:34 | Atualizado em 08/10/2025 às 17:49


				
					Paraibano de 25 anos morre em combate na guerra da Ucrânia
Paraibano de 25 anos morre em combate na guerra da Ucrânia. Arquivo Pessoal

O paraibano Thiago Paulo Bulhões, de 25 anos, morreu em um confronto na Ucrânia no último sábado (4). A informação foi confirmada pela mãe do jovem, Elidiane Bulhões, que recebeu a ligação de um sargento responsável por comunicar o falecimento.

Thiago deixou o Brasil em 30 de junho de 2025. Ele morava em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, com os pais e trabalhava em uma escolinha de futebol. Ele deixa duas filhas, de 4 e 7 anos.

Segundo Elidiane, Thiago entrou em contato com um grupo nas redes sociais que discutia o conflito e decidiu se unir ao grupo, mesmo sem o consentimento da família.

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“Ele conheceu uma pessoa, fez amizade com esse grupo e decidiu ir. Ele se trancava no quarto e passava muito tempo falando com esse povo [no celular]. Até então, a gente não sabe as promessas que esse povo fez para esses jovens irem para um lugar desse. Na realidade, o meu filho tinha amor. A família deu muito conselho para ele não ir, mas foi decisão dele”, relatou Elidiane.

Última conversa entre mãe e filho


				
					Paraibano de 25 anos morre em combate na guerra da Ucrânia
Thiago Paulo Bulhões, de 25 anos, morreu em um confronto na Ucrânia no último sábado (4). Arquivo Pessoal

A mãe contou que a última conversa com o filho aconteceu poucas horas antes do combate, ainda no sábado (4). Thiago pediu que ela acompanhasse suas mensagens e publicações nas redes sociais, devido à instabilidade do sinal na região.

“A última coisa que ele me disse foi: ‘mãe, fique só ligada no Instagram’. Isso foi no sábado. Foi horrível, um pedaço de mim que se foi. Meu filho comprou uma briga que não era dele, mas era o sonho dele”, disse Elidiane.

Ainda de acordo com Elidiane, Thiago não tinha interesse em retornar ao Brasil e planejava continuar na Europa, buscando novas oportunidades de trabalho após o fim do conflito.

“Ele não tinha vontade de voltar, queria trabalhar lá. Todas as conversas, sempre meu filho era feliz. Eu perguntei 'você quer voltar pra cá? ' Ele falou para mim: 'Não, mãe. Eu não quero voltar, eu tô fazendo o que eu amo, ajudando as pessoas que mais precisam. Esse era o meu filho”, completou.

Thiago recebia cerca de R$ 25 mil pelo trabalho na linha de frente, mas, segundo a mãe, o dinheiro não era a motivação principal. “Ele sempre quis ajudar. Dizia que ia defender a cidade”, contou.

O corpo do jovem será cremado, e as cinzas, junto com seus pertences, serão enviadas à família, sem previsão de chegada.

Embaixada da Ucrânia e Itamaraty

Em setembro, a Embaixada da Ucrânia no Brasil informou ao Jornal Nacional que não recruta cidadãos brasileiros para suas Forças Armadas e que todos os voluntários chegam ao país por iniciativa própria.

O Ministério das Relações Exteriores afirmou que presta assistência consular por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, mas não confirmou a morte de Thiago. A pasta destacou que o atendimento depende do contato da família e, por questões de privacidade, não divulga dados pessoais.

Além disso,o Ministério também alertou, em setembro, sobre os riscos para brasileiros em conflitos armados, recomendando que propostas de trabalho militar no exterior sejam recusadas. O órgão lembrou que a assistência consular pode ser limitada dependendo dos contratos firmados com forças armadas estrangeiras.

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Jornal da Paraíba

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