VIDA URBANA
TJ nega liberdade a acusado de planejar morte de casal em CG
Nelsivan Marques era sócio das vítimas em uma faculdade particular. Crime aconteceu na saída do casamento do supeito, do qual o casal foi padrinho.
Publicado em 21/10/2014 às 20:01
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) negou nesta terça-feira (21) o pedido de habeas corpus de Nelsivan Marques de Carvalho, acusado de mandar matar o casal Washington Luís Alves de Menezes e Lúcia Sant'Ana Pereira, em Campina Grande. Os dois foram mortos no dia 29 de março logo após o casamento de Nelsivan, do qual foram padrinhos.
A defesa de Nelsivan alegou que o decreto de prisão preventiva não possui fundamentação idônea e que não ficou comprovada a presença de indícios suficientes de autoria do crime. A argumentação foi rejeitada pelo desembargador Arnóbio Alves Teodósio, relator do processo.
“ Havendo nos autos provas da materialidade do crime e indícios suficientes a vincular o paciente (Nelsivan) à pratica do delito a ele imputado, e demonstrando o magistrado, com base em elementos probatórios concretos dos autos, a necessidade da prisão preventiva com fulcro nos artigos 312 e 313 do CPP, em resguardo a ordem pública, não há que se falar em ausência de motivos para a segregação cautelar ”, afirmou o desembargador.
Os advogados de Nelsivan também argumentaram no pedido que ele é réu primário, tem bons antecedentes, residência fixa e emprego. Esses pontos também foram rejeitados pela Justiça. “Tais características não conferem, por si sós, direito de responder ao processo em liberdade”, disse o relator.
Entenda o caso
Sócio de Washington e Lúcia em uma faculdade particular de Campina Grande, Nelsivan é apontado como mandante do crime, juntamente com o agiota Franciclécio Farias. Os dois foram indiciados por duplo homicídio qualificado, pela tentativa de homicídio contra o vigilante Lindojhonson Emiliano da Silva, que estava em frente a casa de festas, onde aconteceu o casamento, e também foi baleado, e por outras duas tentativas de homicídio praticadas contra o casal nos dias 1º e 21 de março.
Segundo a polícia, Nelsivan e Franciclécio se juntaram para planejar o crime por razões diferentes. O primeiro porque descobriu que estava sendo enganado pelo casal, na sociedade que tinham em uma faculdade, e também porque, em caso de morte das vítimas, ele seria o único dono do estabelecimento. Já Franciclécio estava com raiva porque não recebeu de Washington a quantia de R$ 81 mil referente a compra de um carro.
Também foram indiciados pelo duplo homicídio - e pela tentativa de homicídio contra o vigilante - Gilmar Barreto da Silva, Maria Gorete Alves e Samuel Alves de Souza, sendo este último o pistoleiro que executou o casal. Além disso, Gilmar e Samuel também foram indiciados pela outra tentativa de homicídio contra o casal, ocorrida no dia 21 de março. Já Aleff Sampaio dos Santos, primeiro pistoleiro contratado para matar o casal no dia 1º de março foi indiciado por tentativa de homicídio e pelo roubo do celular do motorista de Washington.
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