ECONOMIA
Custo da construção civil na Paraíba é o mais alto do Nordeste
Custo médio da construção do metro quadrado é de R$ 894,63, o que representa um crescimento de 0,66% em relação a setembro.
Publicado em 07/11/2014 às 15:43
Pelo segundo mês consecutivo, a Paraíba apresentou o metro quadrado mais caro de toda a região Nordeste em termos de custos para construir. O custo médio do metro quadrado subiu para R$ 894,63 em outubro, contra R$ 888,76 em setembro - um crescimento de 0,66%.
Os dados são do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), uma parceria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a Caixa Econômica Federal.
O crescimento no Índice da Construção Civil (ICC) do estado ficou acima da média nacional, que foi de 0,30% em outubro, e também da média regional, que foi de 0,20% no mesmo mês.
Para o vice presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção em João Pessoa (CBIC) Irenaldo Quintans, a mão de obra é um dos maiores custos da construção atualmente, representando mais de 50% do orçamento de uma obra. “Antes era 30%, hoje em dia chega a mais de 50%”, disse. Segundo Quintans, os profissionais da área têm recebido aumentos bem acima da inflação. “Não estou reclamando. Isso é uma coisa boa, mas acaba refletindo no custo da obra”, explicou.
Quintans afirmou ainda, que a Paraíba é um estado de baixa industrialização, o que leva os construtores a comprar material fora do estado, o que também infla o custo das obras devido ao pagamento do frete. A alta carga tributária também foi citada por Irenaldo Quintans como um fator de encarecimento para a construção civil. “Mas isso é em todo Brasil, não só na Paraíba”, avaliou.
A previsão é de que os custos continuem subindo pelos próximos meses, de acordo com Quintans. “Com essa inflação persistente o prognóstico não é bom”, analisou. O recente reajuste no preço dos combustíveis, anunciado pela Petrobrás e que elevou em 5% o preço do diesel nas refinarias, também deve refletir nos custos para a construção nos próximos meses, justamente porque deverá alterar o valor do frete dos materiais. Além disso, o reajuste no preço da energia elétrica, de 17,6% segundo previsão do Banco Central, também contribuirá para manter o ICC elevado.
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