COTIDIANO
Goleiro Bruno responde a pelo menos sete processos na Justiça
Em um dos casos, garota de programa pede R$ 1,8 milhão de indenização por confusão com outros jogadores do Flamengo no sítio em Minas Gerais.
Publicado em 08/07/2010 às 15:29
Do Globoesporte.com
Suspeito de ter participado do assassinato da ex-namorada Eliza Samudio, Bruno coleciona pelo menos sete processos na Justiça. O goleiro, afastado do Flamengo na semana passada, responde a cinco ações criminais. Ele é acusado de lesão corporal por ter agredido um torcedor do Fluminense, no Rio de Janeiro, e um árbitro de futebol quando jogava no Atlético-MG.
Assim como é réu em um imbróglio envolvendo agressão a duas garotas de programa, no seu sítio em Ribeirão das Neves, interior de Minas Gerais. Nesse caso, a autora reivindica R$ 1,8 milhão por difamação e danos morais. Na 1ª Vara de Jacarepaguá há uma ação de tentativa de aborto, lesão corporal, sequestro e cárcere privado. Para completar, agora ele é acusado de homicídio doloso e sequestro, entre outros crimes, pelas polícias de Minas Gerais e do Rio de Janeiro depois do sumiço de Eliza Samudio.
Além disso, na 1ª Vara de Família do Fórum da Barra da Tijuca, o arqueiro está sendo processado por falta de pagamento de pensão alimentícia. Bruno Fernandes das Dores de Souza também acumula problemas na esfera Cível. Ele teve um carro apreendido na época em que defendia o Atlético-MG.
Problemas com a Justiça começaram em 2005
De cinco anos para cá, a primeira ocorrência de Bruno na Justiça está registrada na 32ª vara Cível de Belo Horizonte. No processo 002405770971-9 consta que o goleiro pegou R$ 10 mil de empréstimo com o Banco BMG. No entanto, recusou-se a pagar a quantia em questão e acabou passando por situação constrangedora.
- Ele teve o carro apreendido no centro de treinamento do Atlético-MG. Era um Chevette velho, que ele não queria pagar. Nós tentamos negociar pessoalmente e depois mandamos um documento para a casa dele. Porém, o Bruno não nos respondeu e acabou perdendo o automóvel - lembrou o advogado da instituição financeira em questão, André Torres Vieira.
Em 2006, o juiz Marco Antônio Gomes entrou com um processo na 7ª Vara Cível da capital mineira. Bruno passou a ser réu por se desentender com o árbitro e este pediu indenização de R$ 10 mil. A decisão foi anunciada no dia 21 do mês passado. O juiz proferiu sentença determinando que seja feito contato com a advogada do jogador, Deisy Alves Teixeira, para que a mesma forneça a conta dele. O valor chega perto de R$ 20 mil, incluindo os juros e as custas judiciais.
No Rio de Janeiro, o desentendimento com um torcedor do Fluminense também rende dor de cabeça a Bruno. A ação corre em segredo de Justiça, mas sabe-se que o jogador pode ter de pagar um alto valor de indenização, nos moldes da ação impetrada pelo juiz de futebol na capital mineira.
Já na 22ª Vara Cível, o goleiro afastado do Flamengo é processado por responsabilidade civil, dano moral e difamação por Luana Gonçalves. A garota de programa alega que teria sido agredida por Bruno e pelos jogadores Marcio José Oliveira, o Marcinho, e Diego Tardelli. Na ação de novembro de 2008, a autora reivindica 1,8 milhão de indenização. No processo de número 002408251053-8 consta que Bruno, Marcinho e Tardelli serão novamente intimados a depor sobre o caso.
Na 1ª Vara de Família da Barra da Tijuca corre um dos processos mais complicados. Bruno foi obrigado a fazer teste de DNA exigido pelo juiz Antonio Aurélio Abi-Ramia em maio deste ano. A ex-namorada do jogador, Eliza Samudio, entrou com ação contra ele em meados de 2009 para investigação de paternidade e falta de pagamento de pensão alimentícia. Houve uma audiência de conciliação no dia 2 de fevereiro deste ano, mas as partes não entraram em acordo. As testemunhas da jovem Fabiana da Silva Albuquerque e Marcelo Silva devem ser ouvidas novamente pela Justiça.
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