COTIDIANO
Policiais eram transferidos por influência política, diz comandante da PM
De acordo com Euller Chaves, era comum políticos determinarem a atuação da atividade policial.
Publicado em 20/03/2013 às 12:13
O comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, afirmou nesta quarta-feira (20) que questões políticas influenciaram a transferência de oficiais, que chegaram a ser 'punidos' mesmo trabalhando corretamente. De acordo com o chefe da polícia ostensiva estadual, seria uma prática comum que políticos determinassem a atuação da atividade policial.
“Policiais militares, em algumas situações, eram transferidos à revelia, por influência política de A, B ou C. A Paraíba nunca teve conhecimento de que algumas ações corretas [dos policiais], pautadas na legalidade, eram rechaçadas com transferências”, relatou o coronel Euller Chaves.
Para ele, a atividade da polícia agora é pautada no trabalho em prol da segurança pública. “Precisamos olhar para a frente, não para o passado. Agora temos uma visão diferenciada. Pode até haver ações de punição e transferência, mas, pelo contrário, apenas àquele policial que venha a fazer algo fora da lei e da ordem jurídica”, disse o comandante.
Apesar de não revelar a data oficial, o coronel Euller Chaves informou ainda que será inaugurada nos próximos dias uma nova Unidade de Policiamento Solidário (UPS) em Campina Grande, no bairro do Pedregal.
Passagem de comando
Na manhã de hoje aconteceu a passagem de comando no Região 1 (CPR1), na sede do 10º Batalhão da Polícia Militar, em Campina Grande. O coronel Wolgrand Pinto passou para a reserva e o CPR1 foi assumido pelo coronel Marcos Sobreira, que já esteve à frente do 2º Batalhão da Polícia Militar em 2010.
O novo comandante será responsável por 112 municípios e mais de 2,3 mil homens que compõem o CPR1. “Temos uma filosofia de proximidade com a população e com os entes públicos, não somente da segurança. Vamos trabalhar em duas frentes principais: redução de homicídios e de crimes patrimoniais, interagindo com a sociedade”, afirmou o coronel Marcos Sobreira.
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