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VIDA URBANA

Deslizamento destrói casa

Em menos de 12 horas de chuvas, vários pontos de alagamento foram registrados em JP;  três barreiras caíram e uma casa foi destruída.

Publicado em 03/07/2012 às 6:00


Três barreiras caíram e uma casa foi destruída, ontem, em João Pessoa, em menos de 12 horas de chuvas. Houve alagamentos em vários pontos da cidade e os motoristas enfrentaram dificuldades para transitar. A Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) enviou um comunicado para a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) alertando que as chuvas deverão ocorrer, em João Pessoa, pelo menos até o final desta semana.

Nas primeiras horas da manhã de ontem, equipes da Defesa Civil Municipal começaram a percorrer as 31 áreas de risco de João Pessoa. Eles estiveram no bairro São José, onde mais de 50 casas foram inundadas pelas águas do Rio Jaguaribe e encontraram moradores ilhados.

O primeiro deslizamento de terra ocorreu na Rua Ari Barroso, no Alto do Mateus. Numa região localizada no alto de uma barreira vivem cerca de 30 famílias. Todas estão ameaçadas por uma cratera de quase 50 metros quadrados, que foi aberta pela chuva.

Segundo a dona de casa Geruza Miguel, 65 anos, o buraco se formou há menos de um ano e “engoliu” quatro casas que existiam no local. “Uma dessas casas era de minha filha, que não morreu por pouco. Agora, ela está procurando uma casa para pagar com o auxílio-aluguel, que é dado pela Prefeitura”, conta Geruza.

Apesar de lamentar o sofrimento da filha, a dona Geruza também se mostra apreensiva com a situação da própria casa onde mora.

Construída às margens de um barranco, a moradia inclinada e distante fica a menos de um metro da queda de uma barreira.

O terreno, de barro, já está encharcado e a situação piora com a retirada da vegetação que cobre parte da encosta. “Os técnicos da Defesa Civil já estiveram aqui e marcaram as casas para derrubar, mas a gente tem medo dessa situação. Por pior que seja, ninguém quer perder sua casinha”, lamenta a dona de casa.
Além de residência de dona Geruza, a Defesa Civil já marcou outras casas na região. Uma delas é da autônoma Edjânia Miguel. “A gente tem medo de viver aqui, porque a casa não tem segurança. Mas também sou contra essa história de derrubar a casa e deixar todo mundo ao relento”, comenta.

ABRIGOS PROVISÓRIOS
Segundo o coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, Francisco Noé Estrela, as famílias retiradas de áreas de risco são orientadas a procurar a casa de parentes e amigos. Quem não consegue esse tipo de ajuda é encaminhado para abrigos provisórios e fica esperando a concessão de um auxílio-aluguel, benefício pago pela Prefeitura aos desabrigados pelas chuvas. As famílias também são cadastradas em programas habitacionais e podem ser contempladas com casas populares.

Apesar da assistência oferecida, Noé Estrela destaca que a resistência das famílias em sair do local de perigo é a principal dificuldade que os técnicos estão enfrentando nos trabalhos de prevenção aos acidentes.

“Nós visitamos as áreas de risco, explicamos o problema, falamos sobre o perigo de desabamento, da queda de barreira, mas as pessoas se recusam em sair do local. E, quando saem, decidem voltar depois, ignorando a situação e se arriscando até mesmo a morte. Por isso, estamos demolindo as casas condenadas imediatamente, para evitar que elas sejam reocupadas”, afirmou.

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Jornal da Paraíba

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