VIDA URBANA
PB supera metas contra paralisia infantil
Estado atingiu mais de 100% da meta de cobertura vacinal, enquanto que a meta do governo federal era de 95%.
Publicado em 21/10/2011 às 6:30
A Paraíba superou as metas do Ministério da Saúde e vacinou um total de 592.785 crianças contra a paralisia infantil. Elas foram imunizadas nas duas etapas da campanha nacional que ocorreram em junho e em agosto deste ano. Nas duas ocasiões, o Estado atingiu mais de 100% da meta de cobertura vacinal, enquanto que a meta do governo federal era de 95%.
Em junho, foram imunizadas 296.457 crianças. A quantidade ficou acima das 295.190 que eram previstas pelo Ministério da Saúde. Com isso, o percentual da cobertura no Estado ficou em 100,43%.
Em agosto, esse índice alcançou 100,39%, quando 296.328 crianças receberam as doses contra a doença, acima da previsão de 295.190 imunizações.
A consultora do Ministério da Saúde no Nordeste para Paralisia Flácida Aguda (PFA), Dionéia Garcia, informou que a cobertura acima de 95% das crianças com idades abaixo de 5 anos é uma das principais ferramentas para manter a pólio erradicada no país.
A paralisia existiu no Brasil durante muitos anos. Só entre os anos de 1968 a 1989, por exemplo, foram detectados 30 mil casos da doença, segundo a consultora do Ministério da Saúde.
Na Paraíba, o caso ocorreu em Sousa, em 1989. Mesmo erradicada, a paralisia infantil pode voltar a ser registrada no Brasil, já que o vírus causador da pólio ainda circula em diversos países.
Por isso, além da vacinação, outra estratégia adotada pelo Ministério da Saúde é o monitoramento de casos da doença que aparecerem em pessoas que viajam ou que mantêm contatos com moradores de áreas onde ainda o vírus existe.
Dionéia alerta que qualquer caso dessa natureza deve ser notificado imediatamente às autoridades sanitárias local, regional e estadual.
Provocada por vírus, a pólio é uma doença infecto- contagiosa que causa complicações neurológicas graves. De acordo com Dionéia, não há tratamento específico. Todos os casos devem ser hospitalizados para tratamento de suporte, porque a doença deixa sequelas graves e pode levar a óbito.
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