VIDA URBANA
Três brasileiros que estavam em Nice, na França, continuam desaparecidos
Apesar disso, ainda não há brasileiros nas listas de vítimas fatais do atentado.
Publicado em 17/07/2016 às 15:32
Três brasileiros que estavam na cidade de Nice, na França, no momento do atentado que matou pelo menos 84 pessoas na última quinta-feira (14), continuam desaparecidos, de acordo com a cônsul-geral do Brasil em Paris, Maria Edileuza Fontenele Reis. O número inicial de desaparecidos era de sete pessoas, mas elas haviam apenas deixado de informar às famílias que estavam bem.
Entre os três brasileiros desaparecidos está a carioca Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro, que mora na Suíça e é mãe de Kayla, menina de seis anos, que faleceu no atentado. A criança tinha nacionalidade suíça e não possuía passaporte brasileiro. Segundo Maria Fontenele, os outros dois brasileiros desaparecidos até o momento, cujos nomes não foram divulgados, podem ter se esquecido de avisar as famílias, como nos ocorreu nos outros casos.
Neste fim de semana, o ministério francês das Relações Exteriores divulgou duas listas com as vítimas fatais do atentado. "Não há brasileiros nestas listas de vítimas fatais. Estamos acompanhando isso de perto, em contato permanente com as autoridades francesas", completou a cônsul. Até o momento, 16 vítimas fatais do atentado ainda não foram identificadas.
Segundo o Ministério da Saúde francês, dos 300 feridos registrados no acidente, 85 continuam hospitalizados, sendo que 18 deles correm risco de morte.
Polícia investiga motivações do ataque
O ataque foi realizado por Mohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos. Nascido na Tunísia, ele tinha nacionalidade francesa e possuía um histórico de violência e roubos; segundo o pai do criminoso, ele sofria de problemas psicológicos.
De acordo com as investigações da polícia, Lahouaiej Bouhlel tirou fotos de si mesmo com o caminhão utilizando no ataque momentos antes do crime e enviou por mensagem de texto. Mais de 200 investigadores estão tentando estabelecer quem eram os destinatários das mensagens. Neste sábado (16), o grupo terrorista Estado Islâmico de responsabilizou pelo ataque, mas o governo francês afirmou que até o momento não há evidências que liguem Lahouaiej Bouhlel ao grupo jihadista.
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