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VIDA URBANA

'A gente só sabe quando sente na pele, o que falta é ter um olhar para o outro'

Um dos sonhos da bióloga Rosa Prima Dantas é encontrar uma escola que possa acolher o filho Lucas Dantas, de 13 anos.

Publicado em 06/09/2015 às 8:01

Assim como Natália e Pedro Henrique, a bióloga Rosa Prima Dantas, de 47 anos, batalha diariamente para que o filho, Lucas Manuel Prima Dantas, de 13 anos, tenha a possibilidade de vislumbrar um futuro melhor. O adolescente tem paralisia cerebral do tipo tetraparesia – uma paralisia incompleta de nervos ou músculos dos membros inferiores e superiores, que não perderam inteiramente a sensibilidade e o movimento.

Conforme ela, o menino saiu da escola em 2013 por não ter mais condições de acompanhar o andamento das disciplinas em sala de aula. “As necessidades dele foram supridas até os 12 anos. Depois disso, ele perdeu a vontade de ir, porque tudo se tornou monótono. As únicas disciplinas que ele gostava eram história e geografia, o resto não dava certo”, explica.

Mesmo triste com a situação, Rosa sublinha que não pensa em desistir e fala com orgulho das conquistas do filho. “Ele era o único com o problema físico na sala. Não escrevia, não falava, mas entendia tudo, tanto que ganhou um prêmio da escola para os melhores alunos em desenvolvimento. E participava de tudo. Pedro Henrique tem uma força no olhar, no sorriso, que só você vendo para entender”, diz a bióloga, acrescentando que, para ela, o que falta é uma capacitação maior dos docentes para lidar com as pessoas com deficiência.

“Primeiro tem que mudar lá de cima, na grade curricular. Eu sei disso porque estudo pedagogia. A inclusão que a gente estuda no curso não tem nada a ver com a inclusão real. É preciso preparar os professores de verdade, porque ninguém é preparado para lidar com situações assim. Vivemos numa inclusão utópica”, opina.

Rosa também cita que, embora o filho não tenha sofrido com a falta de acessibilidade em instalações da escola onde estudava, tem noção de que essa é outra questão que precisa ser trabalhada, uma vez que, em contato com outras mães, ouve queixas e reclamações. “A gente só sabe quando sente na pele, o que falta é ter um olhar para o outro”.

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Jornal da Paraíba

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