POLÍTICA
PB tem 7 obras do PAC com pendências
Falta de desembolso está entre os problemas que estão provocando atrasos na obras junto à Caixa Econômica Federal.
Publicado em 04/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 11/07/2023 às 12:26
O governo federal ainda não liberou 66% dos recursos para execução das obras do PAC na Paraíba. Este e outros tipos de pendências estão provocando atrasos nas obras previstas para o Estado. Das 13 obras cadastradas pela Secretaria Executiva de Obras do PAC, sete delas apresentam algum tipo de pendência no controle da Caixa Econômica Federal (CEF), sendo três por falta de desembolso.
Para as obras geridas no Estado pela Secretaria Especial do PAC, foram pagos apenas R$ 19,7 milhões dos R$ 228,930 milhões previstos. Uma das obras afetadas pela falta de desembolso é a implantação do sistema de esgotamento sanitário do loteamento Primavera, em Guarabira. A obra orçada em R$ 4,3 milhões prevê ainda uma rede coletora, ligações prediais e estação elevatória. O prazo para que a pendência seja resolvida expira no mês de maio deste ano.
Já a ampliação do sistema de esgotamento sanitário da cidade de Cajazeiras está paralisada temporariamente. Neste caso, ao executar a obra, a empresa vencedora da licitação detectou que os custos para execução da obra eram maiores que o apresentado na planilha licitada.
Conforme o secretário executivo de Obras do PAC, Ricardo Barbosa, já foi comprovada a legitimidade da proposta e o governo do Estado está em negociação com a CEF para que seja autorizado a pagar ao construtor com aumento de contrapartida.
“Não há nenhuma obra paralisada por um problema do governo do Estado, porque o governo não deu conta. Temos pouquíssimas obras paralisadas, decorrentes de empresas que participaram da licitação, ganharam o contrato, assinaram para cumprir a obra, mas abandonam a obra quando entra na parte mais difícil e o Estado tem que relicitar essa obra”, explicou Ricardo Barbosa.
Apesar de estar com ritmo de execução normal e apresentando evolução superior a 50% dos serviços executados, a ausência de desembolso tem prejudicado o desenvolvimento, com maior performance, da implantação da barragem de nível para captação de água com sustentabilidade. Segundo o relatório apresentado pela Secretaria Executiva de Obras do PAC, os pedidos de vistorias à Caixa, sem resultado, retroagem a julho do ano passado. A pendência precisa ser resolvida até dezembro deste ano.
“Já temos uma série de obras em execução, que não aparece o desembolso porque o governo federal não repassou os recursos, então elas aparecem como não iniciadas ou paralisadas, o que não corresponde aos fatos. Não há uma justificativa plausível, a gente acha que é problema de falta de recursos mesmo do governo federal, mas como o PAC é prioridade, nós esperamos que o problema seja solucionado”, disse o secretário executivo das Obras do PAC, Ricardo Barbosa.
No entanto, Ricardo Barbosa assegurou que o percentual de execução das obras está acima dos 30% anunciados pelo Ministério do Planejamento.
“Os dados não compreendem a análise factual da execução das obras. Você tem obra que começou há seis meses, está com 18% de execução mas não houve desembolso financeiro, porque o boletim de medição está em análise na Caixa. Para o ministério, essa obra está paralisada, o que não é verdade em alguns casos. A gente sempre esteve bem em todas as análises”, assegurou Barbosa.
De acordo com o secretário, se no intervalo de um a 90 dias não houver movimentação financeira do contrato, a obra é considerada paralisada, mesmo que esteja em plena execução. Ricardo Barbosa ainda revelou que desde outubro do ano passado está havendo retardo na liberação dos recursos do PAC.
SERVIÇOS AINDA NEM FORAM INICIADOS
Uma das obras ainda não iniciadas, conforme dados da Secretaria Executiva de Obras do PAC, é referente às melhorias na estação de tratamento de água de Gramame e reforço na distribuição em João Pessoa. Conforme relatório, o contrato apresenta pendência por parte da Cagepa no tocante a solução para execução dos serviços.
Outra obra que ainda não teve início prevê a implantação da rede de esgotamento sanitário dos bairros Valentina Figueiredo, Colibris e José Américo, além das praias do Seixas e da Penha. Várias pendências na Caixa, de várias naturezas travam a sequência da obra do sistema adutor do município de Boqueirão. As pendências da obra, que ainda não foi iniciada, precisam ser resolvidas até dezembro do próximo ano, conforme prazo estabelecido pelo Ministério do Planejamento.
As obras para a ampliação do sistema de abastecimento de água no município de Cajazeiras, no valor de R$ 15,4 milhões, também não foram iniciadas, segundo levantamento do governo do Estado, em virtude de várias pendências relacionadas à engenharia. No entanto, conforme o secretário Ricardo Barbosa, os recursos para execução do projeto foram liberados na semana passada pelo Ministério do Planejamento, o que deve garantir o início das obras.
RESCINDIDO
Em Alagoa Grande, o contrato para implantação da barragem Pitombeira, que iria garantir a sustentabilidade hídrica do município, foi rescindido com a empresa após paralisação da obra sem justificativa. Foi aberto um novo processo licitatório com convite à empresa classificada em 2º lugar para concluir a obra.
ANDAMENTO NORMAL
Cinco obras do PAC na Paraíba estão com andamento considerado normal e totalizam mais de R$15 milhões liberados: o sistema adutor de Camalaú; o sistema adutor de Natuba, que já ultrapassa os 60% de execução; a terceira etapa do sistema adutor do Congo, além do sistema adutor de Aroeiras e a implantação do sistema integrado de abastecimento de água de Pocinhos.
'PARQUE BODOCONGÓ' VAI SAIR DO PAPEL
Um projeto aguardado pela população de Campina Grande deve ser concluído em 10 dias e iniciado no mês de maio. O projeto 'Parque Bodocongó' orçado em valor superior a R$ 35 milhões já tem recursos na ordem de R$ 18 milhões assegurados pelo Ministério das Cidades, o restante dos recursos serão do governo do Estado.
“Este será o último desafio da gestão nestes quatro anos, dentro do que foi programado e anunciado. Depois de mais de um ano, estamos concluindo esse projeto, que é complexo porque envolve obras de saneamento, dragagem, desassoreamento, recomposição do tecido ciliar às margens do açude de Bodocongó. A obra será custeada metade pelo governo federal e a outra metade pelo governo do Estado”, disse Ricardo Barbosa. Concluído o projeto, será iniciado o processo licitatório, que deve durar 45 dias.
O Parque de Bodocongó vai contar com ciclovias, pista para caminhada, restaurantes, pista de skate, anfiteatro, calçadão e jardins. O projeto prevê a recuperação do açude e seu entorno, com amplas áreas verdes, acessos e circulação ao longo da orla, além de instalação de equipamentos com múltiplas atividades e usos.
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